Novo Casal 20? Marcos Paulo e Evanílson querem ser "carrascos" no Fla-Flu
O Fluminense enfrenta hoje (12), às 20h30, no Maracanã, uma situação que já viveu muitas vezes em sua história. O Tricolor disputa seu maior clássico, contra o Flamengo, como azarão. E na década de 1980, os anos dourados do rival rubro-negro, o Flu foi a pedra no sapato do Fla, embalado por uma dupla que se eternizou no rol de ídolos do clube: Assis e Washington, o Casal 20.
Os dois foram responsáveis por partidas, vitórias e títulos e marcaram época nas Laranjeiras. Em 2020, ano que por si só relembra o número, outra dupla quer ter o mesmo estigma de "Carrasco" no Fla-Flu: Marcos Paulo e Evanílson, que se não querem o peso da comparação, somam 20 em suas camisas 11 e 9.
Conhecido pelo apelido de "Carrasco" na torcida tricolor, Benedito de Assis da Silva disputou 14 Fla-Flus com a camisa do Fluminense. Foram cinco vitórias, seis empates, apenas três derrotas e cinco gols, dois deles que valeram os títulos estaduais de 1983 e 1984. Um dos grandes ídolos da história do clube, ele vestia a camisa 10, o que por si só faz a eterna dupla se distinguir da atual.
Nas divisões de base, Marcos Paulo ficou conhecido pela habilidade, visão de jogo e capacidade acima da média de finalização, com as duas pernas. As passadas largas, a cabeça em pé e a inteligência, aos 19 anos, encantam a torcida tricolor. Este será seu segundo Fla-Flu, o primeiro como titular absoluto do Fluminense. É nele que os torcedores depositam a esperança de ver um novo Assis no gramado do Maracanã.
"Acho que a responsabilidade é grande, mas é o que a gente sempre sonhou, seja com a camisa 9, 10 ou 11. Jogar leve, um ajudando o outro", declarou Marcos Paulo, em coletiva.
Washington César Santos atuou em 20 clássicos contra o Flamengo vestido de tricolor. Entre 1983 e 1989, ele marcou quatro vezes em seis vitórias, dez empates e quatro derrotas. Vestindo a camisa 9, fez parte da linhagem de centroavantes do Flu, representada agora por Evanílson, que marcou as mesmas quatro vezes em quatro jogos como profissional. O jovem de 20 anos faz sua estreia no Fla-Flu tentando repetir a mística do número que enverga nas costas.
"Sensação incrível. Era um sonho de criança jogar no Maracanã, a torcida gritou meu nome, fiquei emocionado e com mais vontade ainda para ajudar o time. É uma responsabilidade muito grande, são jogadores que fizeram história, e eu também espero contribuir fazendo gol. Não vou quebrar esse tabu do 9, pretendo com certeza entrar para a história da 9. Se o Fred voltar a camisa 9 é dele, aí volto para a minha 17 (risos)", brincou Evanílson, em alusão às especulações pela volta de outro eterno ídolo tricolor.
Em campo, a dupla formada em Xerém mostra entrosamento, que começou fora dele. Colegas de quarto nas divisões de base, os dois têm combinado para balançar as redes: em quatro dos gols de Evanílson, três foram com passes de Marcos Paulo.
"Vem da convivência, a gente morava no mesmo quarto. Como ele é de uma geração à frente, via muito ele jogar e sempre falava que jogaríamos juntos. Consegui fazer alguns treinos com ele e vinha projetando essa dupla. Começou dando certo, contra o Corinthians, no ano passado, também consegui dar assistência para ele", disse Marcos Paulo.
É embalado pelo entrosamento dos dois e pela expectativa de refazer um Casal 20 em 2020 que o Tricolor, com a vantagem do empate, vai para o jogo contra seu maior rival. O time de Odair Hellmann deve ter a mesma escalação que goleou o Botafogo por 3 a 0 no fim de semana, na melhor atuação do Fluminense na temporada.
FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE x FLAMENGO
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data e hora: 12 de fevereiro de 2020 (quarta-feira), às 20h30
Árbitro: Grazianni Maciel Rocha
Assistentes: Luiz Claudio Regazone e Michel Correia
FLUMINENSE: Muriel; Gilberto, Luccas Claro, Digão e Egídio; Yuri, Henrique e Nenê; Wellington Silva, Marcos Paulo e Evanilson. Técnico: Odair Helmann.
FLAMENGO: Diego Alves; Rafinha, Gustavo Henrique, Léo Pereira e Renê; Willian Arão, Diego (Gerson), Everton Ribeiro (Michael) e Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabigol (Pedro). Técnico: Jorge Jesus
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