CPI aponta que contêineres eram inadequados no Ninho e pede contrato do Fla
Em nova sessão da CPI que apura o incêndio no Ninho do Urubu, dentre outras tragédias de similar impacto no Rio de Janeiro, os parlamentares que integram a comissão apontaram que a destinação dos contêineres que serviam de dormitórios para os jovens da base do Flamengo era inadequada.
Dirigentes da antiga e da atual gestão do clube estiveram presentes e não negaram que a estrutura, que poderia ter como função original a utilização como ambulatório, servia como hotelaria para os meninos.
Os deputados afirmaram que pedirão a cópia do contrato do clube com a NHJ, empresa que forneceu as estruturas. Não foi esclarecido, no entanto, questões sobre as responsabilidades. As perguntas que persistem sem resposta objetiva seguem, pois também há o questionamento sobre o fato de o Ninho estar interditado pela Prefeitura do Rio à época.
"Quem autorizou o Flamengo a funcionar sem a documentação? Quem autorizou aquele local como dormitório? Estamos discutindo o sexo dos anjos. O incêndio ocorreu com o Ninho do Urubu interditado", pontuou o deputado Rodrigo Amorim.
Presentes para a prestação de esclarecimentos, o ex-CEO Fred Luz e o ex-vice de Patrimônio não souberam apontar os eventuais responsáveis, mas indicaram que a diretoria de administração do CT pode ser uma chave para elucidar dúvidas.
"A estrutura foi profissionalizada. Eu não entrava nos contêineres já há muito tempo. Essa não era minha atribuição. Não tenho nem competência técnica para dizer se era adequado ou não. O CT tem una administração própria", ponderou Wrobel.
Um dia depois da penúltima sessão, a tragédia que vitimou 10 jovens no Ninho do Urubu completou um ano. Familiares que não informaram previamente que desejavam prestar suas homenagens do lado de dentro do centro de treinamento foram impedidas de entrar no local.
O clube já tem acordo com as famílias de Gedinho, Athila, Vitor Isaias, e com o pai de Rykelmo. O Fla paga uma pensão mensal de R$ 10 mil para as famílias das vítimas.
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