Manchester City é banido da Champions League por duas temporadas
A Uefa divulgou na tarde de hoje que o Manchester City foi banido das duas próximas edições da Liga dos Campeões, além de ter de arcar com multa de 30 milhões de euros (cerca de R$ 140 milhões, segundo a cotação do dia). O clube segue tendo direito de disputar a edição vigente, na qual está classificado para as oitavas de final. A punição se deu por violações às regras de fair play financeiro. Em nota, o clube alega não estar surpreso com a decisão e disse que buscará "julgamento imparcial" o quanto antes.
A Uefa justificou a postura, em texto divulgado na tarde de hoje, afirmando que o clube teria apresentado exagero nas receitas de patrocínio apresentadas entre 2012 e 2016, além de diversas outras informações financeiras, incluindo equilíbrio das contas.
O clube também é acusado pela entidade de não ter cooperado na investigação do caso. Com isso, ele será excluído das próximas duas temporadas da Champions (2020/2021 e 2021/2022), além do pagamento da multa milionária.
Na atual edição do torneio, o clube inicia sua campanha nas oitavas de final no dia 26, quando visita o Real Madrid. Ganhar o torneio continental é uma obsessão do proprietário do clube, Mansour bin Zayed Al Nahyan, membro da família real de Abu Dhabi —a aquisição foi feita em 2008. Sob seu comando, a melhor campanha da equipe aconteceu em 2016, quando foi eliminada nas semifinais pelo eventual campeão Real Madrid.
O City ainda pode apelar da decisão no Tribunal de Arbitragem do Esporte (CAS).
O clube alega, em nota divulgada no site oficial, que o "investigador-chefe da Uefa publicamente previu a sanção que ele pretendia aplicar ao Manchester, antes que qualquer investigação tivesse início".
O que diz o clube
"O Manchester City está desapontado, mas não surpreso, com o anúncio feito pela Câmara Adjudicatária da Uefa. O clube sempre antecipou a necessidade de buscar corpo e processo independentes que considerem de forma imparcial a estrutura de evidências irrefutáveis que evidenciam apoio à sua posição.
Em dezembro de 2018, o investigador-chefe da Uefa publicamente previu a sanção que ele pretendia aplicar ao Manchester, antes que qualquer investigação tivesse início.
A subsequente falha e o processo vazado da Uefa mostram que não havia dúvida sobre a decisão que eles tomariam. O clube já fez reclamação formal ao corpo disciplinar da Uefa, algo que já foi validado pelas regras do Tribunal de Arbitragem do Esporte.
Assim colocado, a investigação foi iniciada pela Uefa, apurada pela Uefa e julgada pela Uefa. Com o processo prejudicial acabado, o clube buscará um julgamento imparcial o quanto antes e, na primeira oportunidade, iniciará os procedimentos junto ao Tribunal de Arbitragem do Esporte de forma rápida", diz a nota, em tradução livre.
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