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Dudamel se irrita com críticas ao Atlético-MG: "Não se esqueçam do humano"

Rafael Dudamel, técnico do Atlético-MG, explica derrota para a Caldense em pleno Mineirão - Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG
Rafael Dudamel, técnico do Atlético-MG, explica derrota para a Caldense em pleno Mineirão Imagem: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

16/02/2020 19h19

Rafael Dudamel se irritou com a manifestação contrária a Zé Welison na derrota do Atlético-MG para a Caldense em pleno Mineirão. O venezuelano viu exagero nas críticas ao volante, que falhou no lance que culminou no segundo gol do time do interior no revés por 2 a 1.

O técnico acredita que a torcida tratou Zé Welison como um criminoso por causa do equívoco cometido ao fim do confronto.

"Estou triste pelo que aconteceu. Foi triste, porque é um grande jogador, mas é uma situação de futebol. Ele foi cobrado como se tivesse matado alguém ou se tivesse roubado. Não podemos nos esquecer do ser humano. Ele está ali para jogar, para defender os companheiros e a família. Ele é um impecável profissional. Marcamos um jogador de futebol como um ladrão. É um grandíssimo jogador", afirmou.

"Ele sente a felicidade quando a torcida o apoia, mas sente a pressão quando a torcida exige. Hoje perdeu o Atlético. Todos os meus jogadores são muito profissionais. As pessoas o julgaram e se esqueceram do ser humano. Demos demonstrações de crescimento. O que aconteceu hoje me serve para ver as caras, para saber quem está com o Atlético, para saber quem o acompanha", acrescentou.

Rafael Dudamel diz que ainda há coisas positivas a serem extraídas na derrota por 2 a 1 para a Caldense. O treinador aponta a união no vestiário como fator preponderante.

"Quando a equipe ganha, todo mundo está feliz e todo mundo entra nos vestiário e todo mundo quer fotos e camisas dos jogadores. Nos triunfos, todo mundo desfruta. Na derrota, na adversidade, há que colocar o caráter, a personalidade e o peso para assumir responsabilidades. Nem todo mundo está capacitado e disposto a fazê-lo. Hoje, no vestiário, só estavam jogadores, corpo técnico e dirigentes. O que mais pedimos é sinceridade e união para conquistar grandes louros. A adversidade é para fortalecer a equipe. Vamos olhar uns aos outros com sinceridade. Temos que conhecer quem pode e quer seguir adiante", concluiu.

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