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Inter sai do Gre-Nal com 'pacote negativo' às vésperas da Libertadores

Pedro H. Tesch/AGIF
Imagem: Pedro H. Tesch/AGIF

Do UOL, em Porto Alegre

16/02/2020 04h00

O Internacional perdeu Gre-Nal em casa, viu acabar a série invicta no ano, foi eliminado do primeiro turno do Campeonato Gaúcho e assistiu o homem de confiança de Eduardo Coudet ir mal. Também acompanhou aposta do treinador para o clássico falhar. Uma série de reveses que precisam ser superados por conta da Copa Libertadores e a fase dois, contra o Tolima (COL).

A partida de ida do duelo que vale vaga na fase de grupos da Libertadores é quarta-feira (19), em Ibagué, no interior da Colômbia. O Inter viaja na segunda-feira, em voo fretado.

O UOL Esporte mostra o pacote de problemas que ficou no colo do time colorado.

Bola aérea defensiva

O Inter levou cinco gols no ano e todos saíram pelo alto. A marcação falhou nos acréscimos do Gre-Nal ao não acompanhar Diego Souza, mas já havia dado sinais preocupantes contra o São Luiz-RS. A mudança de Eduardo Coudet, colocando Bruno Fuchs, também expôs a defesa mais um pouco. Rodrigo Moledo tem como uma das principais características o jogo aéreo.

Fuchs na fogueira

Bruno Fuchs, aliás, foi um dos personagens do Gre-Nal 423. O zagueiro apareceu como grande surpresa na escalação do Inter e não fez um bom jogo. Nervoso no primeiro tempo, cometeu erros e foi superado várias vezes no duelo individual com atacantes do Grêmio.

A entrada do jovem, que não fez um bom torneio pré-olímpico, visava dar mais qualidade na saída de bola da defesa. Contra o Tolima, Rodrigo Moledo pode voltar. A troca vai suscitar dúvida se será feita pelo desempenho de Fuchs ou estratégia nos confins da Colômbia.

Homem de confiança na berlinda

Damián Musto foi contratado a pedido de Eduardo Coudet, com quem o volante trabalhou no Rosario Central (ARG) e Tijuana (MEX). A expulsão no final do primeiro tempo coroou um jogo ruim do argentino, mas deixou o treinador na berlinda.

Com o camisa 5 entre os zagueiros, Coudet consegue reproduzir a saída de três. Principal considerado pelo treinador como vital para o modelo de jogo desejado. Mas até aqui, a ideia tem se mostrado pouco efetiva.

Desgaste do time

O Internacional usou titulares na terça-feira, contra Universidad de Chile, botou time principal no Gre-Nal e vai encarar longa viagem até a Colômbia. O deslocamento já preocupava o clube antes da decisão de jogar com a equipe considerada ideal. Agora, o dilema é físico mesmo.

Atuar contra o Tolima (COL) com D'Alessandro e companhia deixa o time mais vulnerável a eventuais lesões musculares. Mas prescindir do time titular, ou de alguns nomes específicos, pode afetar bastante o rendimento em campo.

Ataque não decolou

Paolo Guerrero passou em branco contra o Grêmio de novo, mas não é só isso. As melhores chances do Internacional no clássico — justamente quando ficou com 10 contra 11, saíram com jogadores do meio-campo. Edenilson perdeu grande oportunidade no segundo tempo. Faltou, mais uma vez, contundência ao time de Eduardo Coudet. A posse, maior na soma dos dois tempos, tornou-se inútil em boa parte do duelo com o Grêmio.