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Palmeiras inaugura nova era do Allianz Parque para "sufocar" rivais

Vanderlei Luxemburgo fará o primeiro jogo como comandante do Palmeiras no Allianz - Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Vanderlei Luxemburgo fará o primeiro jogo como comandante do Palmeiras no Allianz Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo

16/02/2020 04h00

São 100 vitórias em 151 jogos. Um aproveitamento de quase 73% dos pontos. O Palmeiras, porém, quer evoluir no Allianz Parque. A nova era da arena começa hoje (16), diante do Mirassol, pelo Campeonato Paulista, e com a promessa de ainda mais dificuldades para os rivais. A grama sintética instalada agora é uma "arma" a ser utilizada pela equipe de Vanderlei Luxemburgo na temporada.

Pelo menos é assim que o elenco encara a mudança na arena. Pelos problemas com o gramado natural, alvo de constantes reclamações até o ano passado, a WTorre, o Palmeiras e a Soccer Grass optaram pela versão artificial do piso, testada e aprovada por Luxa e jogadores depois de três trabalhos no Allianz Parque.

"Pode ser uma vantagem. Os adversários vão vir preparados, mas demoram a se acostumar. Seria hipocrisia falar que são iguais os dois gramados [natural e sintético], então temos que tirar ao nosso favor. É adaptar melhor e fazer os adversários passarem sufoco", discursou Lucas Lima, um dos atletas que aprovou publicamente a troca.

"Todos os jogadores gostaram muito, é bem retinho. A bola sempre vem redonda no pé da gente, facilita o nosso futebol. Tenho certeza de que será melhor para a gente", acrescentou o lateral direito Mayke.

Na visão do Palmeiras, a grama sintética vai solucionar dois grandes problemas estruturais da arena. Primeiro, a qualidade do gramado, que, na promessa da Soccer Grass, manterá o padrão do "primeiro ao 49º minuto do segundo tempo".

Grama Allianz Parque - Cesar Greco/Ag. Palmeiras - Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Jogadores ainda estão em processo de adaptação, mas já aprovaram a nova grama do Allianz Parque
Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

O piso artificial também vai diminuir o desgaste entre WTorre e Palmeiras em relação aos shows ocorridos na arena, que tiraram 29 jogos do clube desde o primeiro duelo no estádio, no fim de 2014.

Agora, uma partida de futebol poderia ocorrer no Allianz Parque duas horas após a desmontagem da estrutura, segundo informação dada pela própria Soccer Grass.

"Vai ser um assunto favorável para nós, porque sinto que a grama fica muito próxima da grama natural. Só alguns ajustes, que são normais. O Palmeiras deu o toque certo de mudar, porque não podemos perder o privilégio de jogar em casa. Com os shows aqui, sempre teve ou gramado ruim ou não jogar em casa", discursou Vanderlei Luxemburgo, em depoimento à TV Palmeiras.

"Temos um jogo em casa e com um atrativo diferente: a grama nova. Já treinamos e vimos que é uma coisa que vai trazer resultados positivos para nós. Talvez, de imediato, a gente sinta pouquinho a diferença, mas estamos treinando e estaremos mais adaptados", concluiu o treinador.

O primeiro desafio na grama sintética marcará também a estreia do uruguaio Matías Viña, única contratação do Palmeiras para a temporada. O lateral treinou entre os titulares e já assumiu a condição entre os 11 no lugar de Victor Luis.

Luxemburgo tem três problemas em relação a titulares para o compromisso diante do Mirassol. O suspenso Dudu será substituído por Gabriel Verón, enquanto Mayke e Patrick de Paula ocupam os lugares de Marcos Rocha e Ramires, lesionados desde a vitória por 1 a 0 sobre a Ponte Preta.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS x MIRASSOL

Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Data: 16 de fevereiro de 2020 (domingo)
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Salim Fende Chavez (SP)
Assistentes: Daniel Paulo Ziolli e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (ambos de SP)
Transmissão: TV Globo e Premiere

PALMEIRAS: Weverton; Mayke, Felipe Melo, Gustavo Gómez e Matías Viña; Zé Rafael e Patrick de Paula; Willian, Lucas Lima e Gabriel Verón; Luiz Adriano.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

MIRASSOL: Kewin; Daniel Borges, Luiz Otávio, Reniê e Romário; Luís Oyama, Neto Moura, Camilo e Chico; Maranhão e Rafael Silva.
Técnico: Ricardo Catalá.

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