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Flu joga mal, não sai do zero e é eliminado da Sul-Americana pelo La Calera

Jogadores de Fluminense e Unión La Calera (CHI) disputam bola durante jogo da Sul-Americana - Divulgação/Conmebol
Jogadores de Fluminense e Unión La Calera (CHI) disputam bola durante jogo da Sul-Americana Imagem: Divulgação/Conmebol

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

18/02/2020 21h08

Se começou 2020 com a Copa Sul-Americana como principal objetivo, o Fluminense precisará de um novo norte para sua temporada. No Chile, o Tricolor teve péssima atuação, não saiu do zero e acabou eliminado pelo nanico Unión La Calera (CHI), ainda na primeira fase. Um vexame para o time de Odair Hellmann, que escalou mal e mexeu pior ainda na equipe durante o jogo da volta.

Após o empate por 1 a 1 no jogo de ida, o time chileno estacionou um ônibus vermelho na frente de sua área e, com o regulamento embaixo do braço, garantiu a classificação na nova igualdade sem gols em sua casa. A grama sintética atrapalhou o Flu, mas não mais do que a lentidão de seus próprios jogadores.

O jogo

O Fluminense começou a partida no ritmo lento do ruim gramado sintético do Estádio Nicolás Chauhán Nazar. A bola presa no piso diferente do habitual foi como o time de Odair Hellmann em La Calera: modorrento.

O relógio caminhou na primeira etapa com o Tricolor aceitando passivamente a marcação do Unión La Calera, que parou um ônibus na frente do gol de Arias, com três zagueiros bem próximos pelo meio, o lateral-direito recuado e dois jogadores na proteção. Sem dinamismo, os poucos ataques saíam dos pés de Egídio, que fez boa partida, e Gilberto, que errou bastante.

No meio, Nenê nem de longe repetia suas melhores atuações. Com a camisa 24 nas costas, o meia errou muitos passes e não conseguiu fazer o Fluminense jogar. Nas pontas, Caio Paulista e Marcos Paulo participavam pouco do jogo, e Evanílson, por conseguinte, não tocava na bola.

E se não mexeu no intervalo, Odair não melhorou as coisas ao tirar o camisa 11 para a entrada de Ganso, em substituição de difícil explicação. Apesar de Marcos Paulo não fazer grande jogo, era mais fácil esperar algo de diferente dele do que da má partida de Nenê, que não mudou muito aberto pela ponta.

O que já era ruim piorou com Michel Araújo e Matheus Alessandro nas vagas de Caio Paulista e Henrique. A segunda, feita apenas aos 36 do segundo tempo, independente de quem entrasse, era o que deveria ter sido feito de início: a troca de um volante, já que o La Calera pouco atacava, por mais um atacante.

E se mantinha posse de bola sem nenhuma criatividade, o Tricolor ainda dava espaços. Luccas Claro só marcava a bola e os laterais, avançados, abriam uma avenida para os contra-ataques. O Unión La Calera teve duas boas chances dentro da área, mas Saez e Vilches perderam. Na melhor chance do Flu, aos 38, Evanilson subiu mais que a zaga em cruzamento de Nenê, mas cabeceou para fora. A bola veio alta demais.

No abafa, aos 42, o Fluminense, todo desorganizado, jogou a bola para a área e brigou de tudo que é jeito, mas a bola insistiu em não entrar. Faltou pouco para o toque de Evanílson, e Arias salvou o La Calera. Na sequência, Luccas Claro engrossou, Muriel salvou no pé de Vilches e Castellani perdeu chance sem goleiro.

Henrique fica perdido e é o pior do Fluminense

Com o regulamento embaixo do braço, o La Calera atacou pouco e não causou muito perigo ao Tricolor. Quando o fez, geralmente achou espaços abertos por Henrique no meio de campo. O camisa 8, lento, não se adaptou à grama sintética e ao tempo de bola diferente no jogo, e foi o pior do Flu no Chile.

Catimba e cera dos chilenos em "jogo da vida"

O nanico Unión La Calera fez graça nas redes sociais, mas tratou o confronto com o Fluminense, pela Copa Sul-Americana, como o jogo da vida. E não foi só na bola. Geralmente com os 10 homens atrás da linha da bola, os chilenos usaram e abusaram de cera e catimba, principalmente no segundo tempo. Apesar de experiente, Nenê foi o jogador que mais caiu na estratégia dos donos da casa. Não à toa saiu do jogo amarelado e com péssima atuação. Até a bola sumiu aos 45 da etapa final.

Opções erradas e mexidas ruins

Se foi bem no Fla-Flu aumentando o poder de fogo do Fluminense ao trocar seus ponteiros e avançar suas linhas, Odair Hellmann não foi bem nas mexidas no Chile. O técnico preferiu manter Nenê - que ia mal e tinha amarelo - e tirar Marcos Paulo para a entrada de Ganso, na primeira modificação da equipe no jogo. Não funcionou. Depois, trocou Caio Paulista por Michel Araújo, quando o jogo pedia mais velocidade e agressividade. No fim, não deu tempo para notar a diferença na opção por Matheus Alessandro na vaga de Henrique, o que, independente dos jogadores, era a troca que deveria ser feita de início: um volante por um jogador de frente.

Marcos Paulo não gosta de substituição

Ao ser substituído para a entrada de Ganso, o atacante Marcos Paulo fez cara de poucos amigos. O jovem não fazia grande partida e tampouco se exaltou, mas balançou a cabeça negativamente, reprovando a mexida de Odair.

Yuri tenta de tudo, mas acaba sendo pouco

Carregador de piano, Yuri está longe de ser brilhante, mas foi o melhor do Fluminense no Chile. O volante brigou, jogou recuado, avançado, deu passes e chutou a bola que mais deu trabalho a Vilches. Como pouco errou, foi o menos pior da pavorosa atuação.

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