Por que a derrota do Liverpool sem chute a gol causa tanta estranheza
Nesta temporada o futebol se acostumou a ver o Liverpool dominar seus adversários, pressionar e fazer gols, às vezes vários deles. Há cerca de um ano o time de Jurgen Klopp faz das vitórias um padrão, e cada tropeço virou uma novidade. Por isso, quando a equipe perde jogando mal e sem sequer chutar a gol, como aconteceu ontem (18) no revés por 1 a 0 para o Atlético de Madri na Liga dos Campeões, parece que as coisas estão todas fora de lugar.
Estamos falando de um Liverpool que marca mais de dois gols por jogo em média na temporada (90 em 42 partidas). É o time que sobra no Campeonato Inglês, antes tido como o mais equilibrado do mundo, no qual chuta em média 6,2 vezes ao gol de cada adversário. Na Liga dos Campeões produz um pouco menos, só cinco vezes por partida. Ontem, o time vermelho teve mais tempo de posse de bola mas menos criatividade do que o normal.
No Wanda Metropolitano, o Liverpool terminou o jogo contra o Atlético de Madri com 73% de posse de bola. Mas só teve uma grande chance, na cabeça de Salah. Foi uma das duas escassas tentativas de finalização do trio de ataque vermelho, que esteve entre os piores em campo: Sadio Mané e Roberto Firmino sequer tentaram chutar.
Daí o estranhamento, a impaciência de Klopp na lateral do campo. Ademais, o encaixe da partida serviu muito bem ao Atlético depois do gol marcado por Saúl, aos 3 minutos. Mas nada que decida a classificação, diz o treinador do Liverpool. "Não tenho problemas [com o resultado]. Vi muitos rostos felizes no Atlético de Madrid hoje, e entendo isso, é uma grande vitória, mas ainda não está acabado", avisou Klopp depois do jogo.
O reencontro entre Liverpool e Atlético de Madri está marcado para às 17 horas (de Brasília) do próximo dia 11, desta vez no estádio de Anfield. Qualquer empate é do clube espanhol, enquanto os ingleses precisam vencer por dois gols de diferença para se classificar no tempo normal.
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