Conselho e Justiça aprovam, e Paraná terá investimento de grupo europeu
O grupo europeu Total Sports Investment (TSI), criado na Rússia, sediado na Inglaterra e com acionista majoritário de origem húngara, vai investir no Paraná Clube pelos próximos três anos. Duas etapas importantes para o aporte de capital europeu no clube paranaense já foram vencidas: internamente, o conselho da agremiação aprovou, por maioria votante, o ingresso do novo parceiro. Da mesma forma, a Justiça do Trabalho deu aval para a entrada do investidor. O contrato será assinado nas próximas semanas.
O Paraná é beneficiário da ferramenta "ato trabalhista", que administra o clube por meio de um interventor para o pagamento de dívidas trabalhistas. O cargo é ocupado pelo próprio presidente do clube, Leonardo Oliveira. Com a entrada da TSI, Leonardo dividirá a gestão com Felipe Ximenes, que será uma espécie de CEO do grupo para o clube. Ximenes se notabilizou como gerente de futebol do Coritiba no início dos anos 2010 e também tem passagens pelo Fluminense e pela Confederação Brasileira de Futebol.
Restam ainda trâmites legais de documentação para a empresa atuar no Brasil. Outra pendência será a quitação de um valor próximo a R$ 1 milhão em dívidas trabalhistas, ainda a ser calculado, com prazo previsto para 6 de março. A partir dali, o Paraná passará a contar com o parceiro europeu para a montagem do time que jogará a Série B nesta temporada.
O investimento previsto será feito em três temporadas, com aportes crescentes. Em 2020, o valor investido na equipe será de 600 mil euros, aproximadamente R$ 3 milhões. Planeja-se que o clube tenha uma folha de pagamentos de R$ 300 mil para os meses em que tentará o acesso.
Nos segundo e terceiro anos, o grupo propôs dobrar gradualmente os valores: 1,2 e 2,4 milhões de euros para uso no futebol. Ainda apresentou uma proposta de reforma do Estádio da Vila Olímpica do Boqueirão para transformação em CT. Hoje o Paraná treina no CT Ninho da Gralha, que pertence ao empresário Carlos Werner, que investiu no clube em anos anteriores.
Em contrapartida, o grupo terá participação na venda de jogadores do Paraná que vierem a ser negociados, especialmente com foco na base. Os percentuais de participação não foram confirmados na reunião de conselho. Em seu site oficial, a TSI se apresenta como um grupo que investe especialmente em jovens. Hoje são ao menos quatro equipes de pequeno porte que contam com a parceria, no Senegal, na Rússia, na Letônia e no Chipre.
O principal acionista da TSI é Roman Dubov, húngaro de 45 anos que cresceu na Rússia e hoje mora na Inglaterra. Dubov foi gestor do tradicional Portsmouth, hoje na terceira divisão inglesa, entre 2011 e 2012. Seu principal sócio à época, o também russo Vladmir Antonov, foi preso pela Justiça da Letônia acusado de fraude financeira. Dubov deixou o Portsmouth alegando ter investido 12 milhões de libras, mais de R$ 65 milhões, para a compra do clube, vendido novamente em 2013.
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