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Flamengo de Jesus revê drama fora do Brasil e busca afirmação no Maracanã

Bruno Henrique, do Flamengo, se machuca durante decisão da Recopa Sul-Americana contra o Del Valle - REUTERS/Daniel Tapia
Bruno Henrique, do Flamengo, se machuca durante decisão da Recopa Sul-Americana contra o Del Valle Imagem: REUTERS/Daniel Tapia

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

20/02/2020 04h00

O sucesso na temporada de 2019 impôs ao Flamengo uma maratona logo no início da caminhada de 2020. Após vencer a Supercopa, a equipe voou para Quito (EQU), palco do empate rubro-negro por 2 a 2 contra o Independiente del Valle, pelo jogo de ida da Recopa. A "batalha" no Equador deixou marcas e a delegação embarca rumo ao Brasil com a missão de recuperar os lesionados Bruno Henrique e Rodrigo Caio o quanto antes. Por meio do Twitter do Flamengo, o atacante tratou de tranquilizar os torcedores.

A dureza do jogo no Estádio Atahualpa traz lembranças recentes, pois foi também em campos equatorianos que o Flamengo viveu seu momento mais delicado no ano passado. Diante do Emelec, em jogo válido pelas oitavas da Libertadores, os rubro-negros foram derrotados por 2 a 0 pelo Emelec. Além do tropeço dentro das quatro linhas, o revés foi ampliado pelo drama de Diego, que deixou o estádio em Guyaquil com fratura no tornozelo. No jogo de volta, o Fla devolveu o placar, avançou nos pênaltis e seguiu rumo ao bicampeonato continental.

Sem muito tempo para respirar, a equipe volta ao Rio de Janeiro com as atenções agora voltadas, ainda que brevemente, para a decisão da Taça Guanabara. No sábado (22), o time encara o Boavista, às 18h, no Maracanã. O confronto contra um rival de pretensões modestas impõe uma "obrigação" aos rubro-negros, mas o jogo de volta contra os equatorianos está no topo da lista de prioridades neste momento. Contra a equipe da Região dos Lagos, Jorge Jesus terá a chance para dar quilometragem para o elenco, para que os atletas mais desgastados estejam mais inteiros para a missão da próxima quarta-feira (26). A 2.800 metros de altitude, o esforço foi dobrado e balões de oxigênio foram usados pelos atletas no vestiário.

"Não conseguimos jogar na primeira parte. O Independiente tem uma equipe impressionante. No segundo tempo, melhoramos, viramos, mas não conseguimos ficar na frente do marcador", ressaltou Jorge Jesus.

O desafio rubro-negro não se limita apenas aos 90 minutos diante do Del Valle. Com cinco troféus internacionais conquistados ao longo de sua história, o Fla busca aquele que colocaria o clube no Top-5 dos clubes brasileiros com mais conquistas fora de seus domínios. E há um dado curioso em todas essas glórias: nenhuma delas foi obtida dentro de casa. Mais um ingrediente para uma equipe que fez a torcida se habituar novamente com as voltas olímpicas.

Flamengo venceu a Libertadores de 2019 em Lima - Marcos Brindicci/Jam Media/Getty Images - Marcos Brindicci/Jam Media/Getty Images
Flamengo venceu a Libertadores de 2019 em Lima
Imagem: Marcos Brindicci/Jam Media/Getty Images

"A gente fez um grande jogo, mas jogamos com uma equipe que joga com a bola no pé. A bola corre muito rápido aqui, a bola tem uma pressão diferente. Vamos para resolver no Rio", disse Arrascaeta, em entrevista à "DAZN".

Em meio a esses compromissos, o Fla já vê bem de perto o pontapé para a jornada rumo ao seu terceiro título da Libertadores. No dia 4 de março, o time enfrenta o Junior Barranquilla fora de casa. Com menos de um mês de atividades, o ritmo já está para lá de acelerado na Gávea.

Depois de uma semana fora de casa, os jogadores ganharam folga hoje (20). O Rubro-negro retoma os trabalhos amanhã e faz o último trabalho antes de definir o primeiro turno do Carioca. Em pleno sábado de Carnaval, a ordem no Flamengo é evitar excessos.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do que foi informado anteriormente, a final da Taça Guanabara entre Flamengo e Boavista será no sábado dia 22, e não 21. O erro foi corrigido.