Por que a eliminação na Copa do Brasil é um dos maiores vexames do Atlético
O Atlético-MG sofreu mais um duro golpe na ainda curta temporada de 2020. Menos de uma semana após ser eliminado da Copa Sul-Americana, o time mineiro caiu na Copa do Brasil para o Afogados, de Pernambuco. Depois de um 2 a 2 durante os 90 minutos, o Galo foi derrotado nos pênaltis por 7 a 6 e está fora do torneio de mata-mata. A eliminação ainda custou a demissão do técnico Dudamel, além de Rui Costa (diretor de futebol) e Marques (gerente de futebol).
Em mais de 100 anos, a eliminação para o time pernambucano pode ser considerada um dos maiores vexames do Atlético. A diferença na estrutura, a disparidade das folhas salariais e a tradição dos clubes ajudam a explicar. Acompanhe abaixo esses e outros motivos:
Cidade do Galo x CT ainda "no papel"
Enquanto o Atlético conta com toda a estrutura da Cidade do Galo, apontado como um dos melhores (senão o melhor) centros de treinamento do Brasil, o Afogados sequer tem um local para treinar. Os atletas do time pernambucano realizam as atividades no estádio Vianão, onde a partida foi realizada. Antes e depois da partida, o presidente João Nogueira falou sobre a importância da premiação de R$1,5 milhão ao vencedor do jogo. Agora, essa verba será utilizada para construir um CT com dois campos para o time profissional e categorias de base.
Disparidade das folhas salariais
A enorme distância entre os clubes vai além da estrutura. Enquanto o Atlético tem uma folha salarial em torno de R$9 milhões, o Afogados gasta R$100 mil por mês com seus atletas, quantia inferior ao salário de muitos jogadores no atual elenco alvinegro. Para se ter uma ideia, a remuneração média é de R$3 mil, sendo que o jogador com salário mais alto da equipe pernambucana recebe R$5 mil.
Ambição das equipes para a temporada
O Atlético começou o ano tratando o título estadual como obrigação, além de um discurso sobre briga por título na Copa Sul-Americana e uma boa participação na Copa do Brasil. Além de não ser apontado como favorito ao título pernambucano, o Afogados tem uma realidade bastante diferente, disputando a Série D do Campeonato Brasileiro.
Adversário tem apenas seis anos de fundação
Sediado em uma cidade com menos de 40 mil habitantes, o Afogados foi fundado em dezembro de 2013. Sem nenhum título de expressão na curtíssima história, o clube é 105 anos mais novo que o Galo.
Adversário jogou parte do segundo tempo com um a menos
Além das disparidades fora de campo, o Atlético ainda foi superado dentro das quatro linhas. Vale lembrar que antes da derrota nos pênaltis, o time ainda sofreu o segundo gol quando tinha um jogador a mais. Mesmo com a vantagem numérica em boa parte do segundo tempo (Hyoran só foi expulso pelo Atlético nos acréscimos), o máximo que o Galo conseguiu foi terminar a partida com o 2 a 2 no placar.
Virada após boa vantagem nos pênaltis
A forma como o Atlético foi derrotado nos pênaltis tornou ainda mais dolorosa a saída alvinegra da Copa do Brasil. O Galo chegou a abrir 2 a 0 nas cobranças, mas Allan e Nathan não converteram suas batidas, permitindo que os anfitriões levassem a disputa para as cobranças alternadas. No fim, venceram os pernambucanos por 7 a 6.
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