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Vice do Botafogo enaltece Espinosa como gerente: "Estava muito bem"

Vice-geral do Botafogo, Ricardo Rotenberg esteve no velório de Valdir Espinosa na sede de General Severiano - Alexandre Araújo / UOL Esporte
Vice-geral do Botafogo, Ricardo Rotenberg esteve no velório de Valdir Espinosa na sede de General Severiano Imagem: Alexandre Araújo / UOL Esporte

Alexandre Araújo

Do UOL, no Rio de Janeiro

27/02/2020 18h29

Ricardo Rotenberg, vice-geral e marketing e membro do comitê executivo de Futebol, falou sobre a importância de Valdir Espinosa para a História do Botafogo e do trabalho que vinha realizando no Alvinegro.

Espinosa, que morreu na manhã de hoje (27), era, desde dezembro, gerente de futebol do Botafogo. Ele se tornou ídolo do clube ao ser o treinador do título do Carioca de 1989, quando o time de General Severiano encerrou um jejum de 21 anos.

"Foi muito importante para todos os botafoguenses por tudo que ele representou e por todo o sentimento que ele manteve durante esse tempo. Depois de 31 anos do título de 89 o Valdir ainda falava com enorme carinho do sentimento que ele tem do Botafogo. É uma perda irreparável para nós. Perdemos um companheiro, um amigo e fará muito falta no dia a dia. Ele estava muito bem, estava muito antenado com futebol, com os jogadores, observando os atletas em campo, tinha uma habilidade muito grande de convencimento", disse Rotenberg, que completou:

"Nunca procurou fazer sombra aos técnicos. Nem ao Alberto Valentim muito menos ao Paulo Autuori. Era muito gratificante para nós ter o Autuori, nosso campeão de 95, de um lado, e o Espinosa, campeão de 89, do outro".

O membro da cúpula alvinegra salientou ainda que contar com Espinosa na diretoria levava confiança aos treinadores, lembrando ainda a paixão dívida que ele tinha entre Botafogo e Grêmio.

No Tricolor gaúcho, Espinosa foi o técnico da Libertadores e Mundial de 1983.

"A presença do Espinosa na comissão técnica dava muita segurança para qualquer técnico que viesse porque ele passava o trabalho sério que estava sendo feito. Era quase um trabalho de transição para a Botafogo S/A, que vai ser construída ainda esse ano se Deus quiser. O Valdir tinha isso: passava competência, conhecimento de futebol e identificação com o clube. Sempre importante ter pessoas comprometidas nas suas raízes. O Valdir era botafoguense aqui e Imortal lá no Sul, ele tinha muito orgulho desses amores e conseguia dividir o coração direitinho", afirmou.

Ao lamentar a perda de Espinosa, Rotenberg disse que ele será mais um botafoguense que "vai estar iluminando o céu".

"Nós sabíamos que a operação que ele ia fazer era delicada. Imaginávamos que o resultado da biópsia seria ruim, mas acreditamos na recuperação dele. Ele não veio a falecer na operação da doença em si, foi no pós-operatório. Muita tristeza, era muito jovem, 72 anos hoje é muito jovem mesmo, poderia estar conosco por mais 20 anos. É mais um botafoguense que vai estar iluminando o céu fazendo companhia a tantos outros botafoguenses anônimos e famosos que hoje veem o Botafogo de cima".

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