Órgão do governo é suspeito de falsificar documentos de Ronaldinho e Assis
A investigação do caso Ronaldinho e Assis avançou um passo importante hoje (06), data na qual a ex-estrela do Barcelona e o irmão passam por julgamento no Paraguai. A Polícia suspeita que a falsificação das cédulas de identidade partiu de um órgão governamental chamado Identificaciones, responsável por emitir os documentos oficiais no país sul-americano.
Mesmo diante da suspeita sobre braço do governo, Ronaldinho e Assis acabaram detidos na noite desta sexta (06) após ordem judicial. A decisão tem como objetivo manter os dois ex-atletas no Paraguai durante as investigações do caso.
A principal suspeita sobre como ocorreu a falsificação recai sobre a Identificaciones. As investigações apontam que espaços em brancos foram deixados propositalmente nos documentos para, posteriormente, serem preenchidos por outros números.
Estes novos números geraram os documentos dos dois irmãos e de Wilmondes Sousa Lira, brasileiro também detido pela polícia.
"Estivemos trabalhando com as pessoas do Centro de Cómputo. A informação que temos é que deixaram uma parte dos números em branco para se fazer uma transação de um sistema de identificação para outro", reforçou o assessor jurídico do Departamento de Identificação da Polícia Nacional, Julián Gimenez Moreira, ao ABC Cardinal.
Segundo as investigações, alguém no departamento de identificações deixou um espaço aberto no Registro Civil paraguaio para ser preenchido com um número a mais nas cédulas de Ronaldinho, Assim e Wilmondes. Tanto que os documentos são verdadeiros, apenas com os números usados sem se encaixar em qualquer identificação no sistema de cidadãos paraguaios.
Ronaldinho e Assis não atendem aos requisitos para se tornarem cidadãos paraguaios, afirmou Federico Delfino, fiscal responsável pelas investigações, em conversa com a reportagem do UOL Esporte.
Ronaldinho e Assis estavam em processo de naturalização
O mesmo Federico Delfino declarou que Ronaldinho e Assis possuíam o pedido de naturalização aberto. A defesa dos ex-jogadores, contudo, afirma desconhecer qualquer pedido neste sentido.
Como avanço desta sexta-feira (06), uma ordem de prisão acabou solicitada contra o funcionário responsável por pedir as naturalizações, antes mesmo da decisão para segurar Ronaldinho e Assis em Assunção.
Todo o processo foi dado com documentos e certidões correspondentes a Ronaldinho e Assis. Este é um novo ponto da investigação, direcionado para o próprio órgão governamental paraguaio.
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