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Palmeiras coleta dados de jogadores em sintético e aprova resultado inicial

Antônio Mello, preparador físico do Palmeiras, conversa com Daniel Gonçalves (dir.), coordenador científico - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Antônio Mello, preparador físico do Palmeiras, conversa com Daniel Gonçalves (dir.), coordenador científico Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

06/03/2020 04h00

O Palmeiras está satisfeito com os primeiros resultados do seu jogo em grama sintética. Depois de enfrentar o Mirassol e o Guarani em casa, o time volta a jogar no Allianz Parque, neste sábado, às 17h, contra a Ferroviária.

Em entrevista ao UOL Esporte, o coordenador científico do clube, Daniel Gonçalves, explicou que os primeiros dados coletados mostram que o gramado artificial melhorou dados técnicos e manteve os índices físicos próximos aos que são coletados em grama natural.

"Ainda temos uma estatística pequena, porque só temos dois jogos. Mas temos números próximos em métricas e em análises de desempenho e até melhor em parte da qualidade de jogo. O gramado perfeito favorece passe e recepção. Como a gente tem por filosofia montar uma equipe dominante, que circula a bola, a gente vai naturalmente aumentar a troca de passes. Já contra o Guarani, percebemos um aproveitamento de quase 95% nos passes", afirmou o membro da comissão técnica.

"Em questão de GPS, não tivemos grandes mudanças, e o campo até favorece algumas situações de força, mas é tudo muito sutil", completou.
Daniel afirmou que o planejamento do Palmeiras prevê uma adaptação crônica, que será feita a longo prazo, e há a adaptação aguda, que é feita a curto prazo. Esse trabalho ficará ainda melhor assim que o gramado artificial for inaugurado no Centro de Treinamento.

"Vai ser melhor porque, quando vamos para o estádio treinar, a gente perde alguns processos que temos aqui no nosso Núcleo de Saúde e Perfomance, que tem uma estrutura que eu nem preciso falar. Com o gramado pronto no CT, teremos treinos físicos para adaptar também", explicou Gonçalves.

O treinamento do Palmeiras tem sido dividido de acordo com a sequência de partidas dentro e fora de casa. Para manter os atletas acostumados a atuar em gramado natural, a Academia ainda vai manter outros dois campos sem sintético.

"Quando a gente tem uma sequência em grama natural, como foi agora com Santos e Tigre, a gente fica só na grama normal para os atletas focarem. É uma situação adaptativa natural, mesmo com a diferença pequena no impacto do jogo", finalizou.

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