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Santos quer duas indenizações do Ajax após perder promessa de 18 anos

Meia Giovanni, revelado pelo Santos, foi anunciado pelo Ajax na última quarta-feira (4) - Divulgação/Ajax
Meia Giovanni, revelado pelo Santos, foi anunciado pelo Ajax na última quarta-feira (4) Imagem: Divulgação/Ajax

Diego Salgado e Eder Traskini

Do UOL, em São Paulo

06/03/2020 04h00

A transferência para o Ajax do meia Giovanni, 18 anos, que era uma das promessas da base do Santos, fez o clube se movimentar em busca de duas indenizações. Os santistas recorreram à Fifa para buscar o ressarcimento pela rescisão do contrato e também por terem formado o atleta.

Giovanni, anunciado ontem (4) pelos holandeses, tinha contrato de formação com o Santos, cujo prazo era de cinco anos. O meia, entretanto, cumpriu apenas três. Diante da falta de discussão sobre uma prorrogação do vínculo e apoiado no regulamento da Fifa, que permite contratos de formação de no máximo três anos, o meia acertou com o Ajax.

"Se fosse uma transferência nacional, haveria possibilidade de se discutir uma eventual indenização por rescisão de contrato. Mas, no plano internacional, no regulamento da Fifa, o critério de três anos como máximo para o período de formação, ele será aplicado pela Fifa. O jogador em tese poderia sair sem nenhuma rescisão", disse o advogado Rodrigo Iglesias, que também é professor da EU Business School, em Barcelona, e sócio da IBN Sports.

Nesse cenário, o Santos tenta provar que o Ajax teria influenciado na decisão de Giovanni ainda com o contrato de formação em vigência. Na visão da diretoria santista, o clube holandês teria cometido assédio.

O advogado ouvido pelo UOL Esporte explica que Santos deve encontrar mais facilidade em relação à indenização por formação, por ter investido no atleta por três anos. E que o Ajax deve acatar uma eventual decisão favorável aos santistas.

"Com base no regulamento de transferências de jogadores, caso um clube comprovadamente tenha exercido um papel relevante na formação do atleta e esse atleta tenha transferido para um clube de uma liga que tenha uma capacidade financeira superior, ele tem direito a receber como contrapartida uma indenização pela formação desse atleta", disse Rodrigo.

O jogador foi batizado dessa forma em homenagem ao ídolo Giovanni, que brilhou no clube na década de 1990. O jovem meia vestiu a camisa 10 do time de base aos 17 anos e disputou duas edições da Copa São Paulo. Ele era considerado uma das grandes promessas santistas.

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