Defesa de Ronaldinho e Assis tenta alterar decisão para prisão domiciliar
A equipe de advogados que representa Ronaldinho Gaúcho e seu irmão entrou com um recurso hoje contra a decisão do juiz Mirko Valinotti de negar o "critério de oportunidade", que livraria ambos de qualquer processo em troca de colaboração com a Justiça paraguaia no caso dos passaportes com conteúdo falsificado.
A defesa também interpôs um recurso administrativo interno contra a data de audiência, marcada para as 10h de hoje.
Por último, a defesa colocou à disposição o endereço de um domicílio em Assunção, capital do Paraguai, para que Ronaldinho e Assis possam cumprir prisão domiciliar enquanto não há uma decisão definitiva sobre o assunto.
O Ministério Público pediu a manutenção da prisão preventiva de Ronaldinho e Assis, de acordo com o promotor Osmar Legal. A preocupação da promotoria seria uma possível fuga dos dois para o Brasil.
Os irmãos passaram a noite na cela depois que foi decretada a prisão preventiva para evitar a saída deles do Paraguai durante as investigações.
Ronaldinho e Assis estão em uma nova audiência no Palácio de Justiça de Assunção. A juíza de plantão Clara Ruiz Diaz decidirá se os dois continuarão presos ou se serão liberados da acusação de uso de documentos falsos.
Entenda o caso
Detido no hotel com Assis
Ronaldinho e Assis acabaram detidos pela Polícia paraguaia na noite de quarta-feira (04) na suíte de um hotel. A convite para dois eventos no país vizinho, o ex-jogador do Barcelona e o irmão receberam passaportes e registros civis (equivalente ao RG brasileiro) paraguaios. Nos documentos, o ex-camisa 10 da seleção era identificado como paraguaio naturalizado.
Por que não abordaram Ronaldinho no aeroporto?
O reconhecimento dos documentos falsos de Ronaldinho e Assis ocorreu ainda no aeroporto paraguaio. Porém, diante de todo o cenário de presença de público para a chegada do ex-jogador, as autoridades decidiram postergar a abordagem para o período da noite, já no hotel e minimizando as chances uma confusão com fãs do antigo astro do Barcelona.
Quem foi preso?
Antes de Ronaldinho e Assis, Wilmondes Sousa Lira, brasileiro de 45 anos, acabou preso pela polícia ainda no início das investigações sob a acusação de fornecer os passaportes. Duas mulheres com suposta relação com o caso também foram detidas pelas autoridades.
Depoimento longo
Ronaldinho e Assis permaneceram boa parte da última quinta-feira (05) no Ministério Público para prestar esclarecimentos. Os dois chegaram pela manhã e só saíram no fim da tarde, sem responder a totalidade de perguntas sobre o caso. Hoje, Ronaldinho e Assis foram ao tribunal para o julgamento do "critério de oportunidade", que acabou negado pelo juiz de garantias Mirko Valinotti,
Caso rende renúncia
O caso Ronaldinho provocou a renúncia de Alexis Penayo, diretor do Departamento de Migrações do Paraguai. Penayo alegou falta de apoio. Em nome do ministro Euclides Acevedo, o Ministério do Interior paraguaio criticou publicamente o departamento pela falta de posição assim que Ronaldinho desembarcou no país.
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