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Ronaldinho deixa prisão para nova audiência que definirá se seguirá preso

Brunno Carvalho

Do UOL, em São Paulo

07/03/2020 10h04

Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis deixaram a prisão hoje (7) para comparecer a uma nova audiência no Palácio de Justiça de Assunção, às 10h (de Brasília). A juíza de plantão Clara Ruiz Diaz decidirá se os dois continuarão presos ou se serão liberados da acusação de uso de documentos falsos.

A Justiça local decretou a prisão preventiva dos dois ontem (6) como forma de evitar a saída deles do Paraguai durante as investigações. Os brasileiros foram detidos no hotel onde se hospedavam na capital Assunção em medida preventiva das autoridades locais.

A ordem de prisão saiu horas depois de Ronaldinho e Assis seguirem como investigados no caso de falsificação de documentos paraguaios. Por ordem do juiz de garantias Mirko Valinotti, a ex-estrela do Barcelona e o irmão tiveram negados o "critério de oportunidade", que livraria ambos de qualquer processo em troca de colaboração com a Justiça.

Entenda o caso

Detido no hotel com Assis

Ronaldinho e Assis acabaram detidos pela Polícia paraguaia na noite de quarta-feira (04) na suíte de um hotel. A convite para dois eventos no país vizinho, o ex-jogador do Barcelona e o irmão receberam passaportes e registros civis (equivalente ao RG brasileiro) paraguaios. Nos documentos, o ex-camisa 10 da seleção era identificado como paraguaio naturalizado.

Por que não abordaram Ronaldinho no aeroporto?

O reconhecimento dos documentos falsos de Ronaldinho e Assis ocorreu ainda no aeroporto paraguaio. Porém, diante de todo o cenário de presença de público para a chegada do ex-jogador, as autoridades decidiram postergar a abordagem para o período da noite, já no hotel e minimizando as chances uma confusão com fãs do antigo astro do Barcelona.

Quem foi preso?

Antes de Ronaldinho e Assis, Wilmondes Sousa Lira, brasileiro de 45 anos, acabou preso pela polícia ainda no início das investigações sob a acusação de fornecer os passaportes. Duas mulheres com suposta relação com o caso também foram detidas pelas autoridades.

Depoimento longo

Ronaldinho e Assis permaneceram boa parte da última quinta-feira (05) no Ministério Público para prestar esclarecimentos. Os dois chegaram pela manhã e só saíram no fim da tarde, sem responder a totalidade de perguntas sobre o caso. Hoje, Ronaldinho e Assis foram ao tribunal para o julgamento do "critério de oportunidade", que acabou negado pelo juiz de garantias Mirko Valinotti,

Caso rende renúncia

O caso Ronaldinho provocou a renúncia de Alexis Penayo, diretor do Departamento de Migrações do Paraguai. Penayo alegou falta de apoio. Em nome do ministro Euclides Acevedo, o Ministério do Interior paraguaio criticou publicamente o departamento pela falta de posição assim que Ronaldinho desembarcou no país.