Vasco começa semana 'decisiva' com Abel e Campello pressionados por torcida
Pouco mais de três meses depois de chegar ao topo na lista de sócios do Brasil — em 3 de dezembro alcançou mais de 140 mil associados —, o Vasco encontra-se em situação financeira delicada e com comissão técnica e diretoria pressionadas, diante dos resultados obtidos até aqui na temporada.
A semana, que se torna importante por conta do primeiro duelo com o Goiás, pela terceira fase da Copa do Brasil, começa após protestos da torcida na partida contra o Volta Redonda, em que o técnico Abel Braga e o presidente Alexandre Campello foram xingados. Por outro lado, os presentes também fizeram ações em prol dos jogadores.
Ao mesmo tempo, o elenco convive com salários atrasados e, inclusive, os jogadores deixaram de conceder entrevistas em forma de protesto. O clube deve aos integrantes do elenco dezembro, janeiro, 13º (segunda parcela), férias e direitos de imagem. Aos funcionários, dezembro (quem recebe acima de R$ 1,8 mil), janeiro, 13º e férias.
Vale ressaltar que, em dezembro, Campello chegou a citar que os recursos oriundos do programa de sócios seriam utilizados para quitar as folhas. De lá para cá, o mandatário fez algumas promessas, mas não cumpriu os prazos acordados.
Neste cenário, o encontro em São Januário e um bom primeiro passo para a classificação à quarta fase da Copa do Brasil se tornam ainda mais importante, uma vez que passar de fase na competição gera receita aos cofres.
Até aqui, a diretoria não parece avaliar o mercado em busca de substitutos para Abel Braga, mas a situação ainda gera incertezas na Colina e um resultado negativo quinta-feira pode até mesmo ser o fiel da balança no futuro do técnico.
Depois do empate sem gols no Raulino de Oliveira, no último domingo (8), o treinador admitiu que a equipe está "muito abaixo" do que pode apresentar e ressaltou que "a situação está complicada".
"A situação está complicada para todo mundo, não é só para o Abel ou para o presidente. Quem sofre mais com isso é o torcedor, a razão de o clube ser"
A associação em massa dos vascaínos surgiu de um movimento ao fim do ano passado, por meio de uma promoção impulsionada pelo clube. À época que chegou ao recorde, o Cruz-Maltino pulou de cerca de 31,6 mil associados para 139.719.
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