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Botafogo tem cansaço crônico no 2º tempo e vê crise na preparação física

Preparador físico, Felippe Capella entrou na mira da torcida após Botafogo cansar seguidamente em campo - Vitor Silva/BFR
Preparador físico, Felippe Capella entrou na mira da torcida após Botafogo cansar seguidamente em campo Imagem: Vitor Silva/BFR

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

11/03/2020 04h00

A cada partida fica mais clara a dificuldade de preparo físico do Botafogo na temporada. O time coloca intensidade no início da partida, com atuação de encher os olhos. Porém, o mesmo não tem ocorrido no segundo tempo. Pelo contrário. O time perde a volúpia e passa a ser dominado pelo adversário, seja quem for.

Foi assim, por exemplo, contra Flamengo e Paraná, pela Taça Rio e Copa do Brasil, respectivamente. O cansaço crônico já foi identificado pela torcida, que reclamou bastante na última terça-feira, na vitória por 1 a 0 sobre o Tricolor de Curitiba. Mesmo com o triunfo, o time foi dominado no fim e saiu de campo vaiado.

Nas redes sociais os torcedores elegeram o preparador físico Felippe Capella como o principal culpado. Mesmo que as decisões sejam tomadas em conjunto com o restante da comissão técnica, sobrou para o profissional que lida diretamente com o assunto no dia a dia.

A hashtag #ForaCapella, criada pela torcida, inclusive, ficou entre os assuntos mais comentados no Twitter na noite de terça. Muitos torcedores chegaram a marcar o membro do comitê de futebol Ricardo Rotenberg nas postagens para chamar a atenção da diretoria.

Internamente há quem acredite que o time não está bem organizado e corre para compensar o mal posicionamento desde os primeiros minutos. Portanto, os jogadores cansam antes do fim do jogo porque foram muito exigidos antes. Por outro lado, existem dirigentes insatisfeitos com o trabalho e que defendem a troca na preparação física.

"O que houve de diferente do jogo de hoje ao do Flamengo: agredimos sem bola, pressionamos mais alto... Isso é lógico, e dá uma exigência maior em termos de desgaste. Até conseguirmos resistir mais a altas intensidades. Estamos tentando, passo a passo, ir ao encontro disso. É algo a ser construído. Falar de parte física é uma análise isolada. Não acredito em falar apenas da parte física ou parte tática... O mental e o emocional também têm muita influência", disse Paulo Autuori.

O Botafogo volta a campo no domingo, quando receberá o Bangu pela Taça Rio. A partida marcará também a estreia de Honda. Já o duelo de volta com o Paraná será na próxima quarta-feira, no Durival de Britto. O Alvinegro poderá até empatar para avançar na Copa do Brasil.

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