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Libertadores - 2020

Quais as consequências do Gre-Nal com oito expulsões na Libertadores

Confusão no jogo entre Grêmio e Inter terminou com oito expulsos - Jeferson Guareze/AGIF
Confusão no jogo entre Grêmio e Inter terminou com oito expulsos Imagem: Jeferson Guareze/AGIF

Jeremias Wernek e Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

13/03/2020 12h00

Grêmio e Internacional lamentaram a briga generalizada nos minutos finais do clássico de ontem (12), válido pela fase de grupos da Libertadores, mas fora dos microfones o clima depois do jogo não era de constrangimento. Não havia indignação com o episódio. Os dois lados adotaram discurso político para tentar aplacar o impacto das oito expulsões - quatro de cada time, e as cenas de confusão no gramado. Enquanto isso, os jogadores vivem a expectativa de possíveis ações da Conmebol.

O Gre-Nal 424 terminou sem gols, mesmo com os dois times criando chances.

O Inter teve oportunidades antes, mas falhou na pontaria e depois deu azar ao acertar a trave. O Grêmio reagiu no fim e também não contou com a sorte.

"A confusão é do jogo, não vou demonizar nada. Foi um episódio, fica registrado e ponto final. Uma memória triste, mas não há necessidade de transportarmos isso para outro jogo ou ficarmos repercutindo essa pauta", disse Romildo Bolzan, presidente do Grêmio.

O tricolor gaúcho, aliás, admitiu publicamente que não irá punir os envolvidos na confusão. Pepê, Luciano, Caio Henrique e Paulo Miranda foram expulsos.

"Isto aqui não é escolinha do primário. Todo mundo é muito consciente e profissional. Todo mundo sabe o que fez e o que faz. Tenho certeza de que todos já estão arrependidos. O que cabe dizer, por parte do clube, é que o fato aconteceu e não repetiremos", frisou Bolzan.

O Inter, ao longo do pós-jogo, mudou um pouco o discurso. Saiu da posição indiferente no início da repercussão para um tom mais crítico. Ainda assim, sem indicar sanção aos expulsos. Moisés, Edenilson, Cuesta e Praxedes receberam cartão vermelho.

"A gente tem que reprovar quando as coisas saem da civilidade. Vamos conversar com os jogadores, o Grêmio também. Mas vamos tentar passar respeito e civilidade", afirmou Marcelo Medeiros, presidente do Internacional.

Na véspera do Gre-Nal, as diretorias confraternizaram em uma churrascaria de Porto Alegre. O clima entre os clubes não deu margem para o atrito em campo, e o ambiente depois da partida também indicou sintonia entre ambos. Logo depois do clássico, a possível indignação com as cenas deu lugar a um tom mais ameno. Consequências de um duelo que vai se repetir pelo menos mais quatro vezes na temporada.

Mas se aparentemente não haverá grande repercussão interna, as cenas de violência entre os jogadores podem se refletir em suspensões duras. O Comitê Disciplinar da Conmebol irá avaliar a súmula do árbitro Fernando Rapalini e as imagens do jogo para definir como irá proceder. De cara, todos os oito ficarão um jogo suspenso em razão da suspensão automática.

O regulamento da Libertadores não especifica as suspensões previstas para briga. Dependerá da análise dos lances do jogo e da súmula a decisão do tempo de afastamento de cada um. Não há sequer um prazo para decisão, já que a competição está suspensa em razão do coronavírus.