Por que Fluminense manterá Odair, independente dos tropeços nos mata-matas
Em que pese a ótima campanha no Campeonato Carioca, o Fluminense sofreu uma vexatória eliminação na Copa Sul-Americana e saiu atrás no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Uma queda no mata-mata nacional seria um desastre ainda maior para o Tricolor esportiva e financeiramente. Ainda assim, aconteça o que acontecer, Odair Hellmann estará mantido à frente da equipe.
Apesar de algumas críticas dos torcedores, o treinador conta com a confiança da diretoria, e por um projeto a longo prazo, será o técnico do Flu no Campeonato Brasileiro.
Sem dinheiro em caixa para grandes investimentos e com uma folha salarial baixa, o Tricolor aposta na jovem e barata comissão técnica de Odair para lapidar seus talentos e realizar a mescla com os experientes jogadores do elenco.
Ainda que deseje brigar por títulos e a Copa do Brasil seja a possibilidade mais viável em uma competição de grande porte em 2020, nem mesmo uma nova eliminação derrubará o treinador.
"Não existe a menor hipótese do Odair sair. Mesmo que a gente não passe pela terceira fase da Copa do Brasil, ele fica. Ou a gente não muda o discurso e as práticas, ou o futebol brasileiro caminha para o fim. Escolher o culpado como todo mundo faz, eu não vou fazer. Os resultados não são os que a gente queria, mas são os que estão acontecendo por uma série de questões. A gente poderia ter ido melhor no jogo contra o Figueirense. Foi um jogo muito ruim. Mas não vamos tomar decisões açodadas", afirmou o presidente Mario Bittencourt, em coletiva na sexta (13).
Neste sentido, a entrevista de Bittencourt serviu apenas para ratificar publicamente o que já era sabido internamente: no Brasileirão, o catarinense será o técnico do Fluminense, e o objetivo é se solidificar, em longo prazo, na parte de cima da tabela da competição. Parece pouco, mas nos últimos cinco anos, o Tricolor chegou no máximo ao 12º lugar da Série A.
A avaliação interna é de que o trabalho de toda a comissão é muito bom. Jogadores do elenco que conversaram com a reportagem do UOL Esporte também elogiaram muito os métodos, treinamentos e o perfil de Odair, considerado um líder e um profissional de ótima interlocução com lideranças do vestiário e jovens atletas.
"A escolha do Odair se deu porque o trabalho que ele fez no Internacional, saindo da Série B e entregando na Libertadores, em quase dois anos, com uma folha reduzida, dificuldades financeiras, foi muito bom. Ele precisa de um trabalho a longo prazo. Nós não vamos resolver R$ 700 milhões de dívidas trocando treinador toda hora. O Odair nunca esteve pressionado. Ele trabalha demais, o grupo está do lado dele e ele fica independente do que acontecer na quinta-feira [jogo de volta com o Figueirense]. Óbvio que a gente quer ganhar todas as competições que disputa, mas não podemos mudar tudo da noite para o dia achando que é mágica porque algo não deu certo. Ele tem todo apoio, segurança e confiança", declarou o mandatário.
Por outro lado, a cúpula não esconde a preocupação com o risco de eliminação precoce na Copa do Brasil. Só pela classificação nesta fase, por exemplo, o Flu receberia R$ 2,4 milhões, dinheiro que faz bastante diferença para o clube.
O orçamento para 2020 será apresentado ao Conselho Deliberativo em duas semanas, na sexta (27). Ainda que o presidente tenha falado em "pés no chão", todos no clube sabem que uma eliminação pressionaria Odair Hellmann de duas maneiras: o desempenho esportivo no Brasileirão seria necessário por ser um fim em se mesmo e para aliviar os cofres do Fluminense.
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