Defesa "dobrou" fiança, mas não conseguiu prisão domiciliar para Ronaldinho
Em seu último recurso rejeitado pela Justiça do Paraguai contra as prisões preventivas de seus clientes, a defesa de Ronaldinho Gaúcho e Assis ofereceu uma uma fiança em dinheiro no valor de US$ 1,6 milhão (R$ 7,5 milhões, na cotação atual) para que eles pudessem mudar para o regime de prisão domiciliar. Caso fugissem, os ex-jogadores perderiam esse dinheiro.
O valor representa o dobro do que havia sido apresentado na tentativa anterior, também frustrada, de obter a prisão domiciliar para os irmãos.
Isso porque havia sido oferecida uma casa avaliada em cerca de US$ 800 mil. Ela serviria de moradia e também como garantia. O imóvel pertence a um milionário paraguaio que aceitou disponibilizá-lo.
Ao recusar essa proposta na última terça, o juiz Gustavo Amarilla disse que o valor era muito baixo perto do poderio financeiro de Ronaldinho.
A defesa, então, decidiu dobrar a quantia. A reportagem teve acesso a um anexo do recurso rejeitado no qual aparece a proposta. "Depósito bancário em conta judicial no valor de U$ 1,6 milhão".
O mesmo documento mostra que, se a prisão domiciliar fosse aceita, Ronaldinho e Assis morariam num apartamento em um edifício no número 940 da rua Herrera em Assunção.
Os advogados pretendiam convencer o Ministério Público e a Justiça de que uma eventual fuga seria mais difícil num apartamento menor do que a casa. Ambos os imóveis seriam vigiados por policiais.
O apartamento não seria dado como garantia, pois os irmãos o alugariam para cumprir a prisão domiciliar.
A reportagem tentou ouvir o promotor Osmar Legal, um dos responsáveis pelo caso, mas ele não respondeu à mensagem até o fechamento desta reportagem.
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