Como "vai não vai" de Adilson expõe bagunça institucional no Cruzeiro
Resumo da notícia
- Adilson Batista foi demitido pelo Cruzeiro na noite de ontem
- O clube chegou a informar a dispensa do técnico na quinta-feira
- A demora expôs o cenário caótico em que vive o clube
- A lentidão não se restringe à mudança no comando técnico
Adilson Batista foi oficialmente demitido pelo Cruzeiro ontem, mas o processo de sua saída da Toca da Raposa II durou quatro dias. O clube informou a dispensa do técnico à imprensa na quinta-feira (12), dia seguinte à derrota para o CRB. No entanto, voltou atrás na decisão. Porém, novo revés, dessa vez para o Coimbra, foi a gota d'água que expôs a bagunça institucional em que o clube se encontra.
Liderado por um conselho gestor, que conta com oito membros, o Cruzeiro vê decisões importantes exigirem mais tempo que o normal. A lentidão não se restringe à mudança no comando técnico e é vista frequentemente em outras questões envolvendo o departamento de futebol.
Adilson Batista seria demitido inicialmente na quinta-feira, mas nem sequer foi comunicado pela diretoria, que recuou sobre a decisão. A informação vazou à imprensa, que noticiou o fato e expôs a bagunça que há nos bastidores da Toca da Raposa II.
Uma das reclamações de Adilson é a ausência de um líder que possa centralizar as decisões. Ele crê que o fato atrapalha o departamento de futebol.
"Rezo para que o clube tenha logo um presidente. Está precisando urgente de um presidente. Hoje, o Cruzeiro tem oito gestores, e os oito querem cuidar do futebol. Alguns tinham que cuidar do marketing. Fizeram uma campanha pensando em 300 mil sócios, mas hoje só tem 45 mil. Então, o marketing precisa melhorar", disse o treinador.
A necessidade de uma figura central é um ponto pedido também por quem administra o futebol. Carlos Ferreira Rocha, interlocutor do conselho gestor cruzeirense, admite que a sua ideia era antecipar as eleições presidenciais, marcadas para o fim de maio.
"Gostaria que a eleição fosse antecipada, mas já está marcada. Então, vamos tentar um consenso com os candidatos aí", declarou.
Carlos Ferreira Rocha explicou como são tomadas as decisões no dia a dia do clube mineiro.
"A palavra final sempre é dos gestores. Ali não existe uma hierarquia. Todos dão opinião, no final tem um consenso, e é decidido o que todos preferirem", descreveu.
Não foi apenas a decisão sobre a saída de Adilson Batista que demandou mais tempo que o habitual. O clube teve problemas buscando reforços no mercado da bola. As contratações de Jean e Iván Angulo se arrastaram por causa de burocracias envolvendo o conselho gestor.
Desligado, Adilson questionou o numero de integrantes do conselho gestor. Hoje, o grupo é dividido da seguinte forma: Saulo Fróes é o presidente, Carlos Ferreira é o responsável pelo futebol, e Emílio Brandi é o chefe das áreas administrativa, comercial e financeira.
Alexandre Faria e Anísio Ciscotto são os braços do financeiro, Jarbas Reis cuida da áreas administrativa e social, Kris Brettas é o superintendente jurídico, e Gustavo Gatti responde pelo marketing e e patrimônio.
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