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'Cruzeiro não vai subir só pela grandeza e camisa', diz Adílson Batista

Adilson Batista, técnico do Cruzeiro - Douglas Magno/Light Press/Cruzeiro
Adilson Batista, técnico do Cruzeiro Imagem: Douglas Magno/Light Press/Cruzeiro

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/03/2020 20h38

Demitido do Cruzeiro após a derrota para o Coimbra na nona rodada do Campeonato Mineiro, Adílson Batista afirmou que o clube está passando por um momento de grande dificuldade. O treinador acredita que a equipe celeste precisará de mais que tradição para retornar à Série A do Campeonato Brasileiro.

"O Cruzeiro tem enormes dificuldades. Eu dei treino para 13 atletas no início, dei treino 15 dias para atletas que não iriam ficar. Não será difícil só esse ano, mas durante alguns anos. O rombo foi muito grande. O torcedor precisa abraçar, mas não pode achar que o Cruzeiro vai subir só pela grandeza e pela camisa", declarou em entrevista ao Expediente Futebol, do Fox Sports, hoje (17).

Adílson admitiu sua parcela de culpa no rebaixamento da equipe, mas reiterou que grande parte da responsabilidade recai sobre os jogadores. Segundo o treinador, muitos dos atletas que integravam o elenco cruzeirense na temporada passada não agiram como profissionais.

"Eu tenho parcela de culpa como comandante, mas as pessoas precisavam entender o que aconteceu com o Cruzeiro. Eu cheguei ano passado para ajudar o Cruzeiro, infelizmente não conseguimos o objetivo da permanência. Acredito que os jogadores, que derrubaram, Mano, Abel e Ceni, tem muita responsabilidade no rebaixamento. O time não tinha forças, não reagiu. Dava para ganhar os jogos contra Avaí e CSA. Depois que eu cheguei, fizemos um jogo de igual para igual com o Vasco. Fizemos um ótimo primeiro tempo contra o Grêmio, mas depois as coisas desandaram. E, no fim, o Palmeiras passeou no Mineirão. Eu fico triste porque eles não foram profissionais. E sabem de quem eu estou falando", completou.