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Flu aceitou prejuízo maior porque Vasco tentou levar jogo para São Januário

Por coronavírus, Fluminense e Vasco se enfrentaram com portões fechados no Maracanã - Thiago Ribeiro/AGIF
Por coronavírus, Fluminense e Vasco se enfrentaram com portões fechados no Maracanã Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Bruno Braz e Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

17/03/2020 18h03

O borderô do clássico entre Fluminense e Vasco revelou um prejuízo grande na partida com portões fechados no Maracanã por conta do coronavírus. O documento revelou que o Tricolor arcou com 88% dos custos do estádio, que sofreram redução. Isso porque, após a decisão que impedia a presença de torcida, o Cruz-Maltino tentou levar a partida para São Januário. Para não ter prejuízo esportivo, o Flu preferiu arcar com um valor bem maior nas contas.

De acordo com o borderô, o Fluminense teve um prejuízo de R$ 207.966,28, e o Vasco teve que arcar com R$ 27.623,14. Um consenso entre as partes e a Ferj permitiu a redução de diversas cotas e também de aluguel, que o Cruz-Maltino pagaria à dupla Fla-Flu, que administra o estádio.

Borderô de Fluminense x Vasco pelo Campeonato Carioca - Reprodução/Ferj - Reprodução/Ferj
Imagem: Reprodução/Ferj

Mandante do clássico - o que na prática serve apenas para definir a operação da partida -, o Vasco quis, um dia antes do jogo, mudar o local. O argumento era financeiro: não gastar valores de aluguel e custos extras. Sem público, fazia sentido. Por outro lado, o Tricolor não aceitou, entendendo ser uma vantagem para o rival atuar no gramado onde treinam e comumente jogam, além de alegar questões de segurança por uma possível presença de torcedores no local.

A decisão da diretoria tricolor, no fim das contas, se mostrou acertada, já que a equipe comandada por Odair Hellmann encerrou inglório tabu de dez jogos sem vencer o rival. A última vitória do Flu sobre o Vasco já fazia quase três anos.

O Fluminense acumula alguns prejuízos de bilheteria no Maracanã, mas o clube garante que a operação final do estádio é lucrativa, independente da parceria com o Flamengo. Os tricolores alegam que o borderô não mostra atividades que engordam os recebíveis, como vendas de produtos, lucros com bares, camarotes e as receitas - que além de tudo são regulares e previsíveis - provenientes de sócio-torcedor.

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