Peritos começam a trabalhar em telefones de Ronaldinho na investigação
Nesta terça-feira (17), começou em Assunção, no Paraguai, o trabalho de peritos nos telefones celulares de Ronaldinho Gaúcho e do seu irmão Roberto Assis. O mesmo foi feito com os aparelhos de outros envolvidos no caso relacionado à documentação paraguaia falsificada utilizada pelos ex-jogadores para entrar no país.
Em conjunto, a defesa dos brasileiros e o Ministério Público pediram a realização da perícia em regime de urgência, já que, por conta do combate ao novo coronavírus, a Justiça paraguaia trabalha em regime emergencial. O pedido foi deferido.
"Na realidade, o que aconteceu hoje é que se tomou o juramento dos peritos e agora eles começam a trabalhar. Quando eles concluírem a extração dos dados dos celulares, vão nos passar um informe. Isso leva uns dias", disse Osmar Legal, um dos promotores responsáveis pelo caso, sem estipular uma data para o trabalho ficar pronto.
A partir da extração dos dados, os promotores irão investigar se existe o envolvimento de Ronaldinho e Assis com outras partes no processo.
Para sustentar a manutenção da prisão preventiva dos irmãos, o Ministério Público alegou que precisava avançar nas investigações e saber se eles só portaram e usaram documentos falsos ou podem estar ligados a outros supostos crimes. A empresária Dalia López, responsável por uma ONG que faria ações com Ronaldinho no Paraguai, por exemplo, é suspeita de praticar lavagem de dinheiro. A defesa dela nega a acusação.
Para os advogados de Ronaldinho e Assis, a extração dos dados é um grande avanço no caminho para seus clientes recuperarem a liberdade. O argumento é de que os exames nos telefones provarão que eles não têm elo com outros crimes.
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