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Kaique, da Sampdoria, diz que clube não liberou retorno ao Brasil

Kaique Rocha, zagueiro da Sampdoria - Divulgação/Sampdoria
Kaique Rocha, zagueiro da Sampdoria Imagem: Divulgação/Sampdoria

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/03/2020 13h45

Ex-Santos, o zagueiro da Sampdoria (ITA), Kaique Rocha falou sobre os efeitos do coronavírus na Itália. Em entrevista ao Fox Sports, o jogador comentou os seis casos da doença no time italiano, assim como seu desejo de retornar ao Brasil no início da covid-19 no país europeu.

"Quando começou o coronavírus aqui, passou pela minha cabeça voltar (ao Brasil), mas a Sampdoria não liberou. Eles preferiram que a gente permanecesse em casa, em quarentena, que não passaríamos em aeroportos, em lugares que pudéssemos ter o contágio. Então, para eles, era melhor que os jogadores ficassem em casa para que não houvesse esse contágio", revelou o jogador de 19 anos.

Sobre os casos no clube, Kaique explicou que, após o primeiro caso, de Gabbiadini, apenas os atletas que apresentaram sintomas da doença foram testados. No entanto, todos entraram em quarentena.

"Realmente foi difícil, porque tivemos o jogo no domingo e, na terça-feira, um jogador nosso fez o teste e acabou dando positivo. Depois de três dias, mais quatro jogadores e o doutor. Mas, graças a Deus, todos já estão bem. Agora é torcer para que mais nenhuma pessoa possa aqui da Itália possa se contaminar, porque está sendo muito complicado", contou o zagueiro, que seguiu:

"A partir do momento que foi divulgado (o primeiro caso), entramos todos de quarentena. Pediram para a gente não sair de casa. E eles foram bem sinceros, só iriam fazer o teste nos jogadores que tivessem algum sintoma".

Com dias praticamente iguais, o jogador, que não sai de casa há sete dias, detalhou algumas de suas atividades durante a quarentena. Além disso, Kaique elogiou as medidas adotadas pelo governo italiano.

"Minha rotina está sendo totalmente diferente. Fazendo treinamentos em casa, já tem sete dias que eu não piso o pé na rua. Está sendo muito complicado, mas, graças a Deus, estou vendo que o pessoal está reagindo bem, o governo está tentando fazer o máximo para que tudo isso acabe logo. Mas, realmente, está sendo uma situação muito chata. Está sendo muito complicado, mas esperamos e torcemos para que acabe logo, porque é uma situação muito difícil", falou.

"Meus dias estão sendo praticamente todos iguais. Eu acordo, faço treino de manhã, dentro de casa, eu leio livro, jogo videogame. Estou aqui com os meus pais. Se eu estivesse sozinho neste momento, seria muito difícil para mim. Eles me dão todo o suporte, carinho e amor. Estou conseguindo ficar bem nesta quarentena", completou Rocha.