No grupo de risco, Galvão Bueno reforça preocupação social com coronavírus
Galvão Bueno divulgou mensagem hoje nas redes sociais para comunicar sua preocupação com a pandemia do novo coronavírus. Aos 69 anos, o narrador - que faz aniversário em 21 de julho - lembrou os problemas de saúde recentes e se viu no grupo de risco da covid-19.
"Eu estou aqui no meu escritório, em casa, seguindo as recomendações. Do que modernamente estão chamando de 'home office', de você trabalhar em casa. Mas, preocupado, claro… Vou fazer 70 anos, sou do grupo de risco, sou hipertenso, recentemente tive problema de coração", lembrou, em referência ao quadro de infarto que o acometeu no final de 2019, antes da decisão da Copa Libertadores da América.
"Posso até vir a ser infectado. Todo mundo está correndo risco. Não há dúvidas que esse vírus tão sério, esse drama que estamos vivendo, chegou ao Brasil pelas elites porque foi trazido por quem tenha vindo da Europa, da Ásia, dos EUA e agora vai se espalhando", relatou.
Nas redes sociais, Galvão informou que liberou seus funcionários em diversos negócios para que trabalhem também em esquema de home office. Ainda assim, disse estar "angustiado" com a parcela mais pobre da população.
"Claro que nós — e eu tenho muito orgulho disso, porque acabamos gerando muitos empregos, principalmente no agronegócio, pecuária e com meus negócios de vinho e plantações — ordenamos que todas as pessoas do escritório fossem trabalhar em casa todos nós estamos em casa seguindo todas as instruções. Mas eu estou muito angustiado. E estou muito angustiado porque, é claro que é necessário se preocupar com a queda da bolsa de valores, com a alta do dólar, com as questões da economia, com tudo isso. Vale recomendar que se lave as mãos, que se tenha sempre a melhor higiene possível, que use o álcool gel, mas eu estou muito angustiado. E quando esse vírus chegar às favelas? E quando esse vírus chegar — Deus que nos livre — aos grotões da mais profunda pobreza do nosso país?", questionou.
"Onde as pessoas não têm conhecimento e nem condições de ter todo esse cuidado? Como colocar quem trabalha no dia a dia em sistema de home office? Se essas pessoas precisam do trabalho no dia a dia porque se não as famílias vão passar fome. Como evitar que essas pessoas possam usar o sistema coletivo de transporte se eles precisam trabalhar? Porque, se eles não trabalharem, não vão sustentar suas famílias. Em alguns lugares, (onde) nem água corrente tem para lavar as mãos, onde vão arrumar dinheiro para comprar álcool gel?", seguiu.
"É preciso se preocupar, juntar todas as mensagens, isso é tudo muito importante. Todos nós estamos nos movimentando para isso. Tenho acompanhado todas as decisões, muitas delas muito corretas, mas onde está o grande projeto da atenção social a essas pessoas menos favorecidas?", cobrou.
"Temo. E temo muito quando esse vírus vier a atingir esses bolsões de linha de pobreza ou abaixo da linha da pobreza. Que Deus nos abençoe a todos e nos ajude sempre", concluiu o narrador da Rede Globo.
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