Neymar e Thiago contrariam PSG, que teme perder astros para quarentena
Em meio à pandemia do coronavírus, Neymar e Thiago Silva decidiram viajar ao Brasil a contragosto do Paris Saint-Germain nesta semana. Era um desejo do clube a permanência de todos os jogadores do elenco na capital francesa até o final do confinamento na França, contra o risco de fechamento de fronteiras na América do Sul ou então para escapar de uma eventual obrigatoriedade de uma quarentena no retorno à Europa.
Em uma posição colhida pela reportagem nos bastidores, o PSG argumenta que não autorizou a viagem dos brasileiros, mas entende que não cabia uma proibição devido à gravidade da situação. Nesta quinta-feira, o uruguaio Edinson Cavani também decidiu viajar para realizar a quarentena em seu país.
Já no Brasil, Thiago Silva e Neymar estão sob o risco da explosão local do coronavírus levar a União Europeia impedir voos vindos do país - ou mesmo uma decisão exclusiva do governo francês. O cenário foi transmitido aos jogadores antes da decisão. Por sua vez, o outro brasileiro do elenco, o zagueiro Marquinhos, decidiu permanecer em Paris com a família.
Outra questão colocada como hipótese pelo PSG é a obrigatoriedade de quarentena de Thiago Silva e Neymar caso o Brasil enfrente altos índices de coronavírus, em uma hipótese de cenário, pensando na projeção otimista de que a França terá solucionado a situação interna antes disso.
Como exemplo, os jogadores do clube chinês Wuhan, a cidade onde o coronavírus se originou, foram colocados em confinamento solitário após seu retorno à China nesta semana, depois de passar um mês e meio na Espanha, onde o Covid-19 se espalhou amplamente.
No PSG, o temor é de que o retorno do futebol europeu aconteça sem muita margem de tempo para treinamentos. A Uefa já anunciou que a final da Liga dos Campeões foi adiada para o dia 27 de junho, mas deixou em aberto as datas das fases anteriores. O time francês está classificado para as quartas de final da competição.
Neymar e Thiago viajaram ao Brasil na terça-feira. Os jogadores vem treinando por conta própria, seguindo uma rotina de exercícios orientada pela comissão técnica do PSG. Ambos têm evitado contato público em suas residências no país.
A dupla de estrelas decidiu o retorno ao Brasil pela incerteza da data de volta do futebol na Europa. O governo francês decretou o confinamento da população por 15 dias a partir de terça-feira, mas já trabalha abertamente com a possibilidade de prorrogar a medida por até 45 dias.
A decisão dos jogadores de retorno ao Brasil aconteceu justamente quando o PSG mudou a postura com relação ao programa de treinos. Inicialmente foi prevista uma pausa de dez dias, mas com o agravamento da situação na França o clube comunicou que a suspensão das atividades vale por tempo indeterminado. Já a Ligue 1 anunciou na última quarta-feira que o Campeonato Francês não será reiniciado antes do dia 12 de abril.
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