Defesa de Ronaldinho vê divergência entre advogados empenhados na causa
Uma divergência entre advogados nos últimos dias tem marcado a batalha para que os irmãos Ronaldinho Gaúcho e Roberto Assis deixem a cadeia onde estão em Assunção, no Paraguai, desde que foram presos em 6 de março. De um lado, a advogada Gislaine Nunes, aliada de longa data do pentacampeão mundial em causas jurídicas. Do outro, Sérgio Queiroz, representante legal dos ex-jogadores.
Na tarde de segunda-feira (16), Gislaine publicou nas redes sociais que estava chegando à capital paraguaia para "levar nosso R10 de volta". Velhos conhecidos, os dois trabalharam juntos em questões esportivas desde os tempos em que o ex-camisa 10 ainda atuava profissionalmente.
Procurado pelo UOL, um advogado que trabalha com Gislaine disse que "a doutora tem conversado com familiares do Assis", mas sem confirmar demais informações do caso. A própria advogada, porém, foi mais enfática: "estou na equipe".
Segundo apurou a reportagem, a advogada foi ao Paraguai com o aval do próprio estafe de Ronaldinho. Em Assunção, chegou a comparecer à Agrupación Especializada — onde os irmãos estão presos — e conversou com Assis a respeito do caso.
Posteriormente, Gislaine afirmou fazer parte de uma equipe de apoio jurídico "aqui no Brasil" a Ronaldinho e Assis, frente a restrições da Justiça do Paraguai para que advogados de fora atuem no país. "Foi apoio aqui e sempre vou até lá", argumentou.
Mas a história se desenrolou com alguns desalinhos a partir daí. O principal: Sergio Queiroz, advogado de Ronaldinho e Assis, diz que Gislaine não está trabalhando na defesa dos irmãos - que, atualmente, é feita com profissionais paraguaios alinhados com ele.
A assessoria dos ex-jogadores afirmou que Sergio Queiroz é o único advogado brasileiro a responder pelos dois. E ele garante que Gislaine não atua no caso.
"Se está vindo para cá, não está vindo para se juntar. Ninguém vai se juntar nem comigo, nem com os advogados que nós contratamos no Paraguai", disse Queiroz, insatisfeito com as intromissões no caso. "Já teve outro advogado de Belo Horizonte semana passada que fez a mesma coisa", contou.
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