Elogios, invencibilidade, ralados: o início do Palmeiras na grama sintética

O Palmeiras estreou em 2020 sua grande novidade para solucionar o problema do gramado do Allianz Parque: um piso sintético que, conforme espera o clube, vai permitir que o estádio receba shows e eventos frequentemente, como de costume, mas sem prejudicar a parte esportiva. Inaugurada há pouco mais de um mês, a nova grama já recebeu quatro partidas, foi alvo de elogios e tem margem para melhora conforme for se "assentando" mais.

A estreia oficial aconteceu em 16 de fevereiro. O Palmeiras bateu o Mirassol por 3 a 1 pelo Campeonato Paulista, e o gramado foi exaltado pelos jogadores e pelo técnico Vanderlei Luxemburgo. "O gramado é muito bom e dá para jogar futebol, não atrapalha. Claro que muda o ritmo e vai exigir adaptação, mas gostei do que o time fez. O gramado ajudou na virada", avaliou o técnico na ocasião.

Jogadores como Raphael Veiga e Luiz Adriano também foram só elogios, enquanto Felipe Melo, que também aprovou o novo piso sintético, fez apenas uma ressalva. "Foi melhor do que eu imaginava. Claro que ainda tem muito o que melhorar, a gente conversou algumas coisas. As borrachas, quanto mais se treina e mais se joga, ela vai abaixar um pouco", explicou o zagueiro.

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O fato de o gramado precisar de muitos treinos e jogos para que fique em um estado ainda mais próximo do da grama real é, por enquanto, o principal ponto negativo. O lateral esquerdo Matías Viña, por exemplo, ralou o joelho nas duas primeiras partidas que fez na nova grama, em situações que possivelmente não causariam o mesmo problema em um gramado natural. A similaridade alta com o gramado normal sempre foi um dos pontos destacados pelo clube.

Até aqui, o Palmeiras não perdeu com seu novo gramado. Depois da estreia contra o Mirassol, o time bateu o Guarani por 1 a 0, empatou por 1 a 1 com a Ferroviária e, por fim, superou o Guaraní-PAR por 3 a 1 — este último jogo, válido pela Copa Libertadores. Com um campo sintético também na Academia de Futebol para acelerar a adaptação, os jogadores confiam que o desempenho tende a subir ainda mais.

"É um tapete, não dá para reclamar. A cada partida e treino, vamos nos adaptando e melhorando", avaliou o atacante Luiz Adriano.

O objetivo principal do clube ao fazer a troca da grama, porém, tem tudo para ser atendido: jogar mais vezes no Allianz Parque, mesmo em datas próximas a shows e outros eventos que possam ocorrer no estádio. No ano passado, houve incômodo interno e da torcida com o time precisando jogar partidas importantes no Pacaembu, incluindo o jogo decisivo contra o Grêmio que causou a eliminação na Libertadores.