Tiago Nunes diz que manterá ideia de mudar o Corinthians e minimiza pressão
O técnico Tiago Nunes, do Corinthians, disse na tarde de hoje (24) que a pressão por melhores resultados não o fará mudar os rumos do trabalho no clube. O treinador afirmou que tem respaldo da diretoria e dos jogadores para implantar ideias novas no time.
"Me sinto bem aqui e com confiança, porque estou fazendo exatamente aquilo que pediram. Sinto respaldo, do presidente [Andrés Sanchez], do Duílio [Monteiro Alves, diretor de futebol], jogadores, funcionários", afirmou Tiago em entrevista ao Bandsports [a íntegra da entrevista vai ao ar na emissora hoje (24) às 23 horas].
"Passei a acompanhar o clube em novembro. Se clamava publicamente por uma transformação da ideia de jogo. Fui contratado com esse objetivo. E com 13, 14 jogos já não ser mais essa transformação. Tudo depende do resultado. Não vou se influenciado por isso, não sei quanto tempo vou permanecer aqui. Não é isso que me preocupa. Estou preocupado em fazer da melhor maneira possível o que fui chamado para fazer: mudar a maneira de jogar e ajudar o Corinthians a revelar jogadores", completou o treinador.
O Corinthians vive uma crise técnica. O time alvinegro foi eliminado da Libertadores antes mesmo da fase de grupo. O algoz foi o Guaraní-PAR, na segunda fase da competição continental. No Paulistão, os corintianos correm sérios riscos de ficarem fora da fase de mata-mata.
A equipe alvinegra soma 11 pontos em dez partidas disputadas. A duas rodadas do fim da fase de grupos, o Corinthians está a cinco pontos do Guarani, primeiro time na zona de classificação. O Bragantino, líder do Grupo D, tem 17 pontos.
Confira outros trechos da entrevista
Antes não era errado
"Bom ressaltar que não tem certo e errado, fui procurado para mudar a maneira de jogar. Não quer dizer que o que estava sendo feito antes era errado. Era apenas uma maneira diferente. Parece que estamos trocando para o certo, mas não tem nada a ver. Estamos simplesmente mudando para um cenário diferente, para um futebol que privilegia a qualidade técnica."
Ambiente político conturbado
"Sem dúvida que há um ambiente político [que atrapalha]. Direção tenta blindar e deixar à margem isso aí. Quando em tempos normais a torcida bateu no portão do clube em fevereiro? Por que perdeu na Libertadores? Pode ser. É um catalisador, mas a gente sabe que tem interesse político. Há o pensamento de destruir o que está dentro para valorizar o que está fora. Todo mundo que está fora tem a solução para que está acontecendo dentro. Treinadores são assim, principalmente aqueles que estão mandando currículo agora. Treinadores importantes. Não me preocupo com isso, sei que faz parte. Tem muita repercussão e tem muita polêmica. É preciso ter a capacidade para não dar bola para isso. Focar em treinar o time, estar bem com os jogadores e deixar acontecer. Precisa ter resultado e não estamos tendo. Vai acontecer esse tipo de coisa. Tentamos blindar os jogadores. Havendo resultados as coisas fluem naturalmente. O portão não vai mais bater, a torcida vai ficar mais calma, os políticos vão se acalmar um pouco mais."
Saídas de Ralf e Jadson
"Não tomo decisão sozinho. Tudo foi compartilhado. Coloquei, sim, para a direção que Ralf e Jadson não tinham características que a gente desejava em termos de intensidade física, de movimento. Fiz uma avaliação minuciosa porque são jogadores muito identificados com o clube. Coloquei meu desejo, e a direção acatou. Foi decidido no dia 20 ou 21 de novembro. A diretoria ficou incumbida de notificar os atletas. Reitero meu respeito por eles."
Tentativas no time
"Conversei bastante com a direção sobre perfil de jogadores. Jogadores que a gente acreditava que poderiam iniciar próximos do que a gente desejava a gente manteve. Os que não teriam condições de perfil técnico e físico para se adaptar mais rapidamente a gente não quis contar. Isso não é uma matemática exata, a gente tenta diminuir a margem de erro. Tem processo de teste e avaliação constantes."
Opções na lateral esquerda
"Sidcley não se apresentou numa forma ideal, ficou distante disso. O Lucas Piton optamos por ser o substituto, mas ele acabou sendo lançado mais precoce que a gente imaginava. Carlos tem características defensivas, eu entendia que não ia utilizar, mas nos treinos se mostrou interessante. Durante os jogos usamos como lateral mais defensivo. Tem polivalência hoje para fazer parte do elenco."
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