Mauro Cézar: "O brasileiro, quando rico, não é solidário, e nem o jogador"
A pandemia causada pelo coronavírus colocou os clubes de futebol em um cenário difícil: com os campeonatos parados, os times não arrecadam dinheiro e, consequentemente, se complicam para pagar os salários dos jogadores. Para alguns atletas donos de fortunas, não seria problema a redução de salário proposta pelas agremiações. Pelo contrário: esses profissionais poderiam se solidarizar com pessoas estão sofrendo mais gravemente com a covid-19. Mas será que isso acontece? Blogueiro do UOL Esporte, Mauro Cézar deu sua opinião sobre o tema.
"Não me lembro de nenhum dos grandes jogadores brasileiros ajudando o movimento do Bom Senso, que defendia os jogadores de classe mais baixa e que ganham pouco. Não houve solidariedade entre eles. Por isso você só pode esperar um caso ou outro. Infelizmente, o brasileiro não é muito solidário não", declarou Mauro.
"Os próprios empresários brasileiros não costumam ser doadores, nos Estados Unidos é mais comum eles ajudarem universidades. Não acho que é só o jogador, de não ser solidário quando rico", acrescentou o blogueiro.
O técnico do Manchester City, Pep Guardiola, por exemplo, doou 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões) para comprar suprimentos médicos na luta contra a pandemia do novo coronavírus. O dinheiro foi direcionado para a Fundação Ángel Soler Daniel, que administra a Faculdade de Medicina de Barcelona.
A quantia é para a compra e produção de materiais e equipamentos de saúde. Além disso, também servirá para financiar a produção alternativa de respiradores e outros elementos de proteção para os profissionais de saúde.
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