Em meio a fuga de jogadores, PSG discute redução de 30% do salário do time
O Paris Saint-Germain reserva para esta semana uma decisão sobre a folha salarial do clube. Segundo apurou o UOL Esporte, são vários os empresários de jogadores que já estão conscientes de uma tendência de redução de 30% do ordenado, com base em um plano econômico estabelecido pelo governo francês durante a pandemia do novo coronavírus.
Em meio à discussão, o PSG ainda sofre para segurar os jogadores em Paris. Além de Neymar, Thiago Silva, Cavani e Bakker, o goleiro Keylor Navas viajou para Costa Rica no final de semana sem autorização do clube.
Na França, clubes de ponta como Lyon e Marseille já acionaram a medida. Ela permite o pagamento de apenas 70% do salário bruto dos trabalhadores e ainda prevê reembolso do Estado de até 4.850 mil por salário reduzido.
Por exemplo: o salário de Neymar é estimado em cerca de 2,5 milhões de euros mensais —número de acordo com o jornal esportivo francês, L'Équipe, em janeiro. A redução faria com o que o ordenado passasse a 1,75 milhão ao mês, por um período ainda não determinado. Em contrapartida, clube ainda receberia 4.850 mil euros como limite máximo da indenização paga pelo governo.
O plano das autoridades francesas basicamente é o de garantir saúde financeira às empresas durante um período de crise, permitindo reduções salariais, mas agindo pela manutenção do emprego em larga escala. Em quase todos os casos, o país colabora com grande parte do pagamento —obviamente os jogadores do PSG não se enquadram nessa categoria.
Jogadores não seguem orientação do PSG
Depois de cumprir com 15 dias fechados em casa, em Paris, o goleiro Keylor Navas decidiu viajar com a família para a Costa Rica. A decisão aconteceu logo depois que o governo francês anunciou mais 15 dias de confinamento obrigatório no país.
Aos poucos, o PSG vai perdendo o controle sobre os jogadores do elenco. Neymar e Thiago Silva começaram um movimento de fuga contrariando um pedido dos dirigentes por permanência em Paris. Depois deles, o uruguaio Cavani e o holandês Bekker também voltaram para casa.
Era um desejo do PSG a permanência de todos os jogadores do elenco na capital francesa até o final do confinamento na França, contra o risco de fechamento de fronteiras ou então para escapar de uma eventual obrigatoriedade de uma quarentena no retorno à Europa. O PSG argumenta que não autorizou a viagem dos jogadores, mas entende que não cabia uma proibição devido à gravidade da situação.
No PSG, o temor é de que o retorno do futebol europeu aconteça sem muita margem de tempo para treinamentos. A federação francesa já estipulou o dia 15 de julho como limite máximo para o encerramento do Campeonato Francês, e restam dez rodadas. O clube ainda não tem previsão para retorno dos treinamentos. A Uefa discute datas para a finalização da temporada, mas já trabalha com a possibilidade de cancelamento.
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