Cruzeiro vive indefinição nos bastidores com eleição em meio à pandemia
Paralelo aos cuidados para evitar a disseminação do Covid-19, membros da diretoria e Conselho do Cruzeiro se encontram em um cenário de indefinições e divergências sobre o que fazer nas próximas semanas e meses dentro do clube. Isso porque a eleição para um mandato 'tampão' está marcada para o mês de maio, mas divide opiniões e pode não acontecer. A mesma incerteza vale para as chapas que pretendem comandar o clube no segundo semestre do ano.
A princípio, a eleição no Cruzeiro está marcada para o dia 21 de maio. Nela, um presidente será eleito para administrar o clube até dezembro. Antes disso, em outubro, também está prevista uma nova eleição, desta vez para decidir o mandatário que ocupará a cadeira principal no triênio 2021-2023. Contudo, o pleito de maio corre sérios riscos de não acontecer, e a pandemia do novo coronavírus não é o único motivo.
Duas chapas já foram formadas. Emílio Brandi é chefe das áreas administrativa, comercial e financeira do clube, e por isso conta com o apoio dos atuais gestores na candidatura. O outro presidenciável é o advogado Sérgio Santos Rodrigues, que ganhou a preferência de Pedro Lourenço, patrocinador e mecenas do clube, além de Zezé Perrella e Gilvan de Pinho Tavares, ex-presidentes da instituição. O fato de terem sido formadas duas chapas, no entanto, desagrada o Conselho Gestor, que ameaça deixar o comando da instituição.
No final da semana passada, o Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro, composto por nove integrantes, defendeu a ideia de que o clube tenha apenas uma eleição em 2020. Além de citar a impossibilidade de organizar um pleito em meio à pandemia (no mês de maio), o grupo reforçou sua intenção em ter um nome de consenso a fim de evitar um racha nos bastidores em um ano de reconstrução e que já começou conturbado. Caso ocorra a eleição de maio, o grupo ainda informou que encerrará as atividades de todos os integrantes.
Sobre a possibilidade de oficializar um só candidato, Sérgio Santos Rodrigues alegou que não faz oposição ao conselho gestor e que tentou fazer uma composição, sem sucesso, para formar uma chapa única. Outra divergência entre as partes foi sobre o calendário eleitoral. Embora concorde em fazer apenas uma eleição, Sérgio defende que ela ocorra em maio, e até sugeriu uma votação virtual, descartada por José Dalai Rocha.
Por último, Dalai reforçou que os próximos passos a serem dados no Cruzeiro dependerão principalmente do fim do confinamento proposto pelos órgãos de saúde. Se ainda houver tempo, a tendência é que sejam realizadas duas eleições. Do contrário, uma votação com posse antecipada será feita.
Agora, o futuro do Cruzeiro segue em aberto nos bastidores, podendo mudar já nos próximos dias ou semanas. Enquanto isso, o diretor de futebol, Ricardo Drubscky, segue realizando reuniões virtuais com Enderson Moreira, técnico anunciado após a paralisação do calendário brasileiro e que só fará sua estreia após a volta do futebol nacional.
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