Ex-Grêmio revela desconto em shopping de dono do Shakhtar: "Uma loucura"
Os brasileiros do Shakhtar Donetsk contam, desde o início do ano, com mais um auxílio extracampo. O clube distribuiu entre jogadores e funcionários um cartão que dá 20% de desconto em compras no shopping que pertence ao dono do clube. O benefício vale para qualquer loja do local, instalado em zona nobre de Kiev. A novidade é revelada por Mateus Tetê, meia-atacante ex-Grêmio, e na Ucrânia desde o ano passado.
Rinat Akhmetov comanda o Shakhtar desde 1996 e está entre os 40 mais ricos do mundo, segundo a revista Forbes.
"O presidente é dono do shopping e dá 20% de desconto em tudo, qualquer loja. Uma loucura!", conta Tetê. "Faz uns três meses que a gente recebeu um cartão para apresentar no caixa na hora de pagar", diz.
Prodígio nas categorias de base do clube gaúcho, Tetê foi negociado com o Shakhtar antes mesmo de estrear no time principal. O Grêmio recebeu 10 milhões de euros (R$ 42 milhões à época) e vê de longe a evolução do jovem, viciado em boliche e shopping.
"Gosto muito de dar uma volta no shopping, lá tem boliche e kart! Bolichinho é bom para descontrair", brinca. "O shopping do presidente [do Shahkhtar] é bom, bem bom mesmo. Dentro do shopping dele o desconto é certo. É bom, dá para comprar umas coisinhas a mais", acrescenta.
O cartão é guardado por Tetê na carteira, com zelo, mas as compras no shopping do chefe foram adiadas. Primeiro pelo período no Brasil, depois pela pandemia do novo coronavírus. Em casa, Tetê convive com familiares e amigos que se mudaram para Ucrânia. A colônia brasileira do Shakhtar fica restrita aos treinos.
"O Dentinho me ajudou muito quando eu cheguei, me contou como era o clube e o país. Ele me ajudou demais mesmo", relata Tetê. "A situação é um pouco diferente no dia a dia. As pessoas que alguém mais espera, os brasileiros, não dão tanto apoio assim fora do clube. Então, procuro ficar com minha família. Ela é minha base, a base do crescimento de todo mundo".
Mesmo que o campeonato ucraniano não esteja entre as principais ligas da Europa, a diferença do jogo em relação ao Brasil chamou atenção de Tetê rapidamente.
"Aqui é tudo muito mais rápido. Vem um na marcação, é driblado e já tem outro em cima", explica. "Estou fazendo treinos para melhorar a parte física, desenvolver o corpo e já mudei bastante desde que saí do Grêmio", adiciona.
Saída do Grêmio
Tetê deixou o Grêmio ouvindo críticas e com um clima que misturou rusgas da diretoria com votos de retorno no futuro. À época, até o treinador Renato Gaúcho se posicionou e disse que não iria promover o jovem 'na marra'.
"Ainda recebo mensagens dos dois lados [críticas e apoio]. Acredito que tem as duas coisas mesmo. Sei que muitos daqueles que criticaram minha saída hoje me entendem melhor, podem até estar do meu lado", opina.
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