Fla atinge receita recorde baseada em craques e ciclo virtuoso do futebol
O balanço financeiro divulgado ontem (31) pelo Flamengo revela que a aposta em abrir os cofres por um time competitivo gerou os resultados esperados em campo e também fora dele.
Ao atingir uma receita operacional bruta recorde no futebol brasileiro de R$ 950 milhões (R$ 899 mi gerados pelo futebol) e um superávit de R$ 63 milhões, o clube justificou os gastos na casa de R$ 250 milhões que usou para a aquisição de atletas que formaram a espinha dorsal do time campeão da Libertadores e do Brasileiro de 2019.
As transferências de atletas equilibram esta balança, já que o clube embolsou R$ 299 milhões com saídas de Paquetá, Jean Lucas, Leo Duarte, dentre outros. Com um time forte e a torcida no embalo das vitórias, outras receitas muito significativas se explicam pelo êxito em campo.
Apenas com participação em competições, exposições e premiações o Rubro-Negro somou ganhos de R$ 148,9 milhões. O dinheiro fixo das transmissões, por sua vez, representou "apenas" R$ 59,7 milhões, valor bem inferior aos R$ 78,8 milhões obtidos com patrocínios e publicidade.
À medida que Gabigol e companhia batiam adversários, os rubro-negros enchiam o Maracanã e seus cofres. Com bilheteria das partidas em sua casa, o Fla somou R$ 109 milhões. Em 2018, este item rendeu R$ 44,7 milhões. Nesta mesma lógica, o programa de sócios foi uma fonte importante de recursos, já que significou R$ 61,6 milhões em 2019.
O endividamento líquido do clube saltou de R$ 287 milhões para R$ 338 mi, mas o Flamengo sustenta que "o clube vem consistentemente reduzido seu endividamento em relação à sua capacidade de pagamento".
"Enfim, consolidamos os alicerces do cenário do ciclo virtuoso e partimos agora para planejar e atingir novos patamares de competitividade e ambição global até o fim da década", afirmou o presidente Rodolfo Landim.
Em meio ao cenário da pandemia da Covid-19, o Flamengo afirma estar sólido para passar pelo período de crise. Em suas demonstrações financeiras, o clube afirma que traçou um cenário projetando uma interrupção do calendário do futebol por até três meses e "a conclusão é de que os impactos financeiros são absorvíveis e não representam risco de continuidade nas operações".
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