Resumo da notícia
- Blogueiros analisam se Brasil deve equiparar calendário ao europeu
- Benja: "Futebol brasileiro não pode andar na contramão do mundo"
- Julio Gomes: "Segredo para 'fugir' da janela europeia não é esse"
- "Solução é limitar os estaduais aos clubes da elite", analisa Marcel
- Rafael Reis: "Adotar calendário europeu no Brasil é um problema"
A paralisação do futebol brasileiro por conta da pandemia do coronavírus trouxe à tona uma discussão já antiga, mas que ganha mais sentido diante do momento que vivemos no país: será que o Brasil deve aproveitar para equiparar o seu calendário ao europeu?
Quais seriam os benefícios dessa medida? E os prejuízos? Vale a pena? Fizemos essas perguntas aos blogueiros do UOL Esporte, que se dividem em relação à mudança de calendário. Confira:
ANDRÉ ROCHA
Se for a única maneira de viabilizar as principais competições, sim.
Sempre fui resistente à ideia porque acho criminoso impor aos jogadores partidas decisivas do ano em pleno verão. Assim como na Europa, verão deve ser para férias e pré-temporada.
Leia o blog do André Rocha.
BENJA
Sim, está mais do que na hora! O futebol brasileiro não pode andar na contramão do mundo. Acredito que o maior benefício seja o de provavelmente começar uma temporada sem perder seus principais jogadores na metade do ano, talvez isso ajude na formação dos times. O prejuízo maior será o de se adaptar a uma realidade totalmente diferente da qual estamos acostumados, ou seja, o problema é cultural, e toda mudança drástica gera desconfortos e reclamações.
Leia o blog do Benja.
JUCA KFOURI
Sim. Só haverá os benefícios de marchar no mesmo passo do mundo.
Leia o blog do Juca.
JULIO GOMES
Eu nunca gostei da ideia de equiparar calendários. O segredo para "fugir" da janela europeia não é esse: é ter um futebol mais forte economicamente!
O calendário brasileiro é horroroso, há várias maneiras de deixá-lo melhor, de forma que seja menos afetado pelas janelas europeias e que respeite peculiaridades locais (clima, Estaduais, etc.).
Outra coisa: de que adianta mudar o nosso calendário, se o da Conmebol não acompanhar a mudança? Em suma, vejo poucos benefícios com a tal equiparação que muitos sonham.
Leia o blog do Julio Gomes.
MARCEL RIZZO
Não. É bobagem isso, até porque o calendário da Conmebol não é assim, da maioria dos países sul-americanos também não. Libertadores é de fevereiro a novembro e teria que mudar também. A solução do calendário brasileiro é simples: limitar os Estaduais aos clubes da elite, tornando-os regionais de fato.
Leia o blog do Marcel Rizzo.
MAURO CEZAR
É algo tão óbvio que os dirigentes provavelmente não o farão. Não vejo desvantagens, apenas ganhos para o futebol praticado no Brasil.
Leia o blog do Mauro Cezar.
MENON
Não. Prefiro o calendário como é, iniciado e terminado no mesmo ano.
Leia o blog do Menon.
MILTON NEVES
Não tem que seguir calendário europeu coisa nenhuma.
Esse vírus vai passar e os "sobreviventes" que mantenham o mesmo sistema brasileiro.
Aqui temos clima diferente e uma outra tradição nas disputas. Campeonatos regionais e a Libertadores são completamente distintos com relação às competições europeias.
A única coisa que precisa mudar aqui é o Campeonato Brasileiro, que deveria voltar a ser decidido no mata-mata. Essa oportunidade é que não podemos perder.
Leia o blog do Milton Neves.
PERRONE
Na minha opinião, o momento proporciona um grande estudo sobre essa possibilidade. Não tenho convicção de que igualar o calendário brasileiro ao europeu seja o melhor caminho. Principalmente por particularidades do nosso país. Culturalmente o brasileiro está acostumado com temporadas que terminam no final do ano. Essa mudança significaria encerrar as competições na metade do ano, provavelmente no início do inverno. Isso não afetaria o público nos estádios justamente no momento mais nobre dos campeonatos? Uma grande vantagem seria entrar no mesmo ritmo dos europeus, principalmente no que diz respeito a contratar e vender jogadores. Porém, nenhuma mudança será mais eficiente do que reduzir o número de clubes em todas as competições no país, criando um calendário mais racional.
Leia o blog do Perrone.
RAFAEL REIS
Trazer tudo que dá certo na Europa para o futebol brasileiro é uma constante tentação. Mas, nem tudo que funciona lá é viável por aqui. Um exemplo disso é que de nada adiantaria o Brasil adotar o calendário europeu se a Libertadores continuasse anual. Nesse cenário, os times brasileiros encarariam o início da competição continental com um elenco e jogariam a reta final do torneio com um grupo de jogadores bastante diferente, já que a nossa janela "grande" seria a de julho/agosto. Além disso, o fator clima pesa. Jogar no ápice do verão brasileiro é desumano. Por isso, por mais tentador que pareça, adotar o calendário europeu no Brasil não é solução, mas sim um problema.
Leia o blog do Rafael Reis.
RENATO MAURÍCIO PRADO
Muito mais importante do que copiar o calendário europeu é adotar aqui a medida que é sagrada lá: todas as competições param nas datas Fifa. Isso feito, não vejo vantagens em copiar o calendário europeu.
Leia o blog do Renato Maurício Prado.
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