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Fla, Palmeiras, Europa? O que Cavani quer e o que há de real nas sondagens

Cavani sorri com o escudo do PSG ao fundo; contrato do jogador com o clube vai até julho - Franck Fife/AFP
Cavani sorri com o escudo do PSG ao fundo; contrato do jogador com o clube vai até julho Imagem: Franck Fife/AFP

João Henrique Marques

Colaboração para o UOL, em Paris

03/04/2020 14h58

O empresário Walter Fernando Guglielmone falou ontem (2), em entrevista a imprensa italiana, sobre as sondagens que Edinson Cavani recebeu e citou os clubes brasileiros Flamengo, Palmeiras e Internacional entre os interessados. A declaração levantou uma onda de especulações e já é rebatida por envolvidos nos bastidores. Por isso, o UOL Esporte mostra quais cenários são reais para o futuro do centroavante, que tem contrato com o Paris Saint-Germain até julho.

Cavani sempre avaliou o futebol brasileiro de maneira positiva e tem relações afetivas com o país. O uruguaio tem pagode e sertanejo como gêneros de música prediletos e é fã de feijoada e paçoca. Jogar no futebol da nação seria possível se o jogador não achasse que ainda tem espaço em um clube da elite do futebol europeu.

O Flamengo discutiu a contratação com o empresário de Cavani antes de contratar Pedro e assegurar a permanência de Gabigol. Já Palmeiras e Internacional, embora estejam entre os clubes de maior poderio econômico do Brasil, estão distantes da atual realidade salarial do uruguaio. O atacante ganha cerca de 1,3 milhão de euros por mês, ou cerca de R$ 7.3 milhões mensais.

O Boca Juniors, outro sul-americano especulado, é querido por Cavani. Quando o uruguaio disputou o sul-americano sub-20 em 2007, o clube argentino fez proposta formal ao jogador. Porém, ele preferiu partir rumo ao futebol europeu e defender o Palermo, da Itália. Jogar na Argentina é considerado inviável por seu entorno por questões econômicas.

Ao citar clubes brasileiros, o empresário de Cavani deixa claro que seu cliente tem várias opções. No entanto, nada é mais forte do que o interesse do jogador de se transferir para o Atlético de Madri. É com o treinador do time espanhol, Diego Simeone, que o uruguaio segue em contato confiando em uma promessa de contratação.

Há pouco mais de dois meses, Cavani chegou a conviver com a certeza de que seria jogador do Atlético. Já cuidava da mudança de Paris para Madri confiando em liberação do PSG. Só que o clube francês, conduzido pelo diretor esportivo Leonardo nas tratativas, queria 10 milhões de euros (cerca de R$ 57,4 milhões) para liberá-lo e, como não recebeu proposta, preferiu mantê-lo até o fim de seu contrato.

Cavani se irritou com o PSG. No clube francês, tinha poucas oportunidades de jogar, apesar do discurso de que era importante como suplente de Mauro Icardi. Porém, em pouco tempo, o argentino perdeu espaço por questões disciplinares. Assim, o uruguaio jogou os 20 minutos da partida mais importante da equipe na temporada: a vitória por 2 a 0 sobre o Borrusia Dortmund, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões.

Sem um pré-contrato assinado com o Atlético de Madrid, Cavani voltou a ser protagonista de especulações no mercado da bola. O Napoli, seu ex-clube Napoli, ganhou força na disputa, embora o presidente Aurelio De Laurentii tenha afirmado que falta caixa para pagamento de grandes salários.

Aos 33 anos, Cavani espera assinar em julho o último grande contrato da sua carreira. A duração pode até ser pequena, com um ou dois anos de duração. Somente após esse período é que o futebol brasileiro vai parecer uma opção real para o uruguaio.

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