Barcelona e Atlético usam dados para análise de jogadores e até de torcida
A análise de dados se tornou algo comum nos grandes clubes. Cada vez mais, equipes de grande investimento, tanto no Brasil quanto na Europa, usam os números e a tecnologia para obter vantagem. Na Espanha, a LaLiga disponibiliza a ferramenta Mediacoach, que reúne estatísticas e análise em tempo real para os filiados. No entanto, cada time possui o próprio trabalho, que vai da observação do dia a dia a até uma análise dos próprios torcedores.
Atlético de Madri, Barcelona, Sevilla e a liga participaram do Fórum Internacional de Dados de Futebol de 2020. O clube da capital espanhola, por exemplo, usa a estrutura do próprio estádio para definir as preferências do público no dia dos jogos. Dados de telas de LED e da conexão de internet no Wanda Metropolitano servem para recolher informações de quem frequenta o local.
"A tecnologia se tornou um pilar central no desenvolvimento futuro deste clube. Analisar dados de todos os nossos pontos de contato, sejam eles de jogos disputados aqui ou de shows e eventos que realizamos, nos ajuda a entender melhor os fãs", declarou René Abril, diretor de tecnologia e desenvolvimento digital do Atlético de Madri.
O Barcelona, por sua vez, usa dados e analistas em praticamente todos os times. Do profissional, ao feminino e em toda a base, os funcionários trabalham em conjunto, o que assegura uma observação detalhada e ano a ano de uma grande gama de jogadores e jogadoras.
"O papel deles é responder às perguntas que preocupam nossos treinadores, e apresentar as informações de uma maneira que eles possam entender", disse Raúl Peláez, chefe de tecnologia esportiva, inovação e análise do clube catalão.
No Barcelona, todos os analistas passaram pela mesma preparação para dar a máxima padronização possível. "Isso está gradualmente ajudando nossas equipes esportivas e analíticas a falarem o mesmo idioma", acrescenta Peláez, representante do Barça no fórum.
No Sevilla, os dados são usados em três frentes diferentes: scouting, criação de valores para a janela de transferência e também na prevenção de lesões. Quantos mais dados são aplicados, maior o filtro e mais rápida a definição sobre qual jogador será o alvo em que o time da Andaluzia concentrará esforços no mercado.
"Quando um clube compra um jogador por 30 milhões de euros, você pode pensar que é um bom preço por seus sentimentos e pela experiência que você tem trabalhando no mercado. Mas sem dados objetivos, é apenas uma opinião. O que estamos tentando fazer é encontrar um suporte objetivo com base nos dados, no histórico de nossas compras e vendas e também no histórico de compras e vendas da outra equipe, a fim de chegar a conclusões que nos ajudem", disse o diretor esportivo do Sevilla, Ramón Rodríguez Verdejo, mais conhecido como Monchi.
"No final, existem decisões pessoais e subjetivas. É mais fácil cometer menos erros se você tiver argumentos mais objetivos do que subjetivos. "Dessa forma, a abordagem é bastante semelhante a um investimento no mercado de ações", finalizou o dirigente do Sevilla, que também usa os números para procurar padrões nas lesões que se repetem nos jogadores do elenco e reforça como a ciência ajuda o clube cinco vezes campeão da Liga Europa.
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