Topo

Prass elege grande momento da carreira e 'escala' goleiros para Copa de 22

Fernando Prass na partida entre Palmeiras e Junior Barranquilla - AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA
Fernando Prass na partida entre Palmeiras e Junior Barranquilla Imagem: AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/04/2020 19h44

Atualmente no Ceará, o goleiro Fernando Prass afirmou que o grande momento de sua carreira foi em seu ex-clube, o Palmeiras. Convidado do Expediente Futebol, programa do Fox Sports, desta quinta-feira, o arqueiro elegeu a conquista da Copa do Brasil de 2015, contra o Santos, como o momento dentro de campo.

Na ocasião, o goleiro, além de defender um dos pênaltis santistas, foi o responsável por cobrar a última penalidade, garantindo, no Allianz Parque, o tricampeonato da Copa do Brasil ao Alviverde.

"Este ano de 2015. Eu fui campeão da Copa do Brasil com o Vasco também, era capitão, levantei o troféu, mas a maneira como foi o título de 2015 (com o Palmeiras), é único na minha carreira, e difícil de acontecer no futebol, um goleiro decidir o quinto pênalti. Então, sem dúvida, acho que foi o momento mais marcante dentro de campo", recordou o goleiro, que também falou sobre sua maior frustração na carreira:

"O corte da Olimpíada também, né? Veio tudo muito rápido, né? Eu, com 38 anos, recebo a notícia que sou convocado para a seleção olímpica, que tem um limitador de idade. Olimpíada, único título que Brasil não tinha no futebol, dentro de casa... Seria uma situação mágica. Aí eu, que não sou um cara de ter muitas lesões, faltando uma semana para a Olimpíada, acabo quebrando o braço num lance... Sinceramente, até hoje, quem estava lá vendo o treino não acredita como eu consegui quebrar. Foi, sem dúvida nenhuma, a maior frustração da minha carreira".

Cortado da seleção olímpica, em 2016, por conta de uma fratura no cotovelo, Prass ainda 'convocou' dois dos três goleiros para a Copa do Mundo de 2022, que, segundo ele, estão entre os dez melhores do futebol mundial:

"Eu teria uma lista fechada com dois, e deixaria o terceiro para mais próximo da Copa. Hoje, eu convocaria o Ederson e o Alisson, que acho que vão ser os goleiros da seleção por, no mínimo, mais dez anos. São dois caras que estão no top-10 dos goleiros mundiais", opinou.

E o Jorge Jesus?

Com passagem pelo futebol português, Prass também falou sobre o sucesso de Jorge Jesus no Flamengo. Evitando comparar o português aos técnicos brasileiros, o goleiro acredita que o desafio do rubro-negro será manter o patamar alcançado na última temporada.

"A gente teve o Jorge Jesus aí em menos de um ano, mas você sabe como é o futebol brasileiro. Hoje, o Jorge Jesus é o rei, ninguém ousa falar o contrário, só que a gente já teve treinadores brasileiros que atingiram esse mesmo patamar, como o Felipão, o Luxemburgo, o Abel, o Renato Gaúcho. Acho que a maior dificuldade no Brasil é conseguir manter esse patamar. O Jorge Jesus vai ter que conseguir manter. Acho que o trabalho mais difícil dele realmente vai ser isso, se manter com essa hegemonia que ele conseguiu no Flamengo", disse o arqueiro do Ceará.

"Mas eu não acho que é porque ele é português, europeu, eu acho que é porque ele se preparou, tem ideias muito boas de jogo, é um cara inteligente, estrategista. E acho que no Brasil tem alguns treinadores que também tem capacidade para ter esse trabalho, só que óbvio também que, às vezes, não tem a paciência que de repente se tem com o Jesus, que veio e conseguiu logo e resultado. Isso foi preponderante para ele também. Se ele é eliminado pelo Emelec (na Libertadores), o Jorge Jesus que a gente tem hoje com certeza não teria durado até o final do ano", completou.