Mesmo com pré-jogo morno, reprise do penta se provou grande acerto da Globo
Em período de pandemia, reprisar jogos históricos virou opção interessante para as emissoras esportivas. E depois deste domingo de Páscoa (12), dá para dizer que a ideia também é certeira para a Globo. A reexibição da final da Copa de 2002, que terminou com vitória da seleção brasileira sobre a Alemanha, prova que a emissora achou uma solução para o curto prazo.
O "pré-jogo", com Cléber Machado, Casagrande e Galvão Bueno - este último em casa por ser do grupo de risco da Covid-19 -, foi correto e pareceria uma transmissão normal se não fosse o fator saudosismo. Os narradores pareciam felizes em contar histórias de suas carreiras.
Mas ao bem da verdade, ambos não falaram nada que não fosse de conhecimento público. Galvão já tinha dito em outras oportunidades que tinha certeza que o Brasil iria ganhar em 2002 pelo sentimento que teve quando chegou ao estádio. Isso só reforça o mito que envolve o narrador número um da Globo.
As participações de Cafu e Felipão pouco acrescentaram, mesmo que os dois tenham sido duas figuras importantes para o pentacampeonato. O principal momento do pré-jogo foi a participação de Paulo Roberto Falcão, ex-comentarista da Globo, que contou bastidores inéditos. Também fez notar que o ídolo do Internacional faz falta nas transmissões de futebol, grande comentarista que era.
O "Show do Intervalo" até foi mais interessante. A participação de Richarlison, que imitou o famoso corte Cascão de Ronaldo, fez o público rir. Mas tudo pareceu como sempre é: chamada da programação da emissora, conversa e análise, sem grandes novidades do que já estamos acostumados.
O pós-jogo, após o título, teve o momento mais legal da reprise especial. Cafu repetiu o gesto de 2002 ao levantar a taça. A atração também teve participação de Fátima Bernardes, que foi o grande destaque da cobertura da Globo naquele ano e acrescentou muito mais do que havia sido apresentado até então.
No mais, é curioso notar a transmissão de 2002 com o olhar de hoje. Ver Galvão Bueno em seus áureos tempos é constatar que ele é, mesmo, o maior narrador da história da TV brasileira. Sua vibração ao narrar o pentacampeonato impressiona até os dias de hoje.
O ufanismo também continua lá até hoje. As cornetas de Galvão contra Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, que não fizeram grandes partidas, são um resumo do que é o narrador. Notar o grito de gol de algum colega do locutor no primeiro gol da decisão é muito divertido. Tudo fica mais detalhado, mais legal de se ver.
Na web, internautas comentavam sobre o jogo e lembravam onde estavam naquele 30 de junho de 2002. A audiência correspondeu. Não há motivos para a Globo não manter esta faixa de reprises de jogos clássicos. A decisão, mais que acertada, provou-se muito competente na prática. Se a ideia de votação popular for seguida, será ainda mais divertido. Que venham as próximas reprises!
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