Luciano fala sobre briga em Gre-Nal da Libertadores: "Péssimo exemplo"
Luciano foi um dos oito jogadores expulsos no Gre-Nal 424, válido pela fase de grupos da Copa Libertadores, e um mês depois do clássico ele revisita a confusão na Arena do Grêmio. Em entrevista ao UOL Esporte, o atacante do Grêmio pede desculpas pelo "péssimo exemplo" e diz que sequer gosta de ver e falar sobre o episódio.
"Nem gosto de falar muito (...) Foi um péssimo exemplo e peço desculpas", disse Luciano.
O jogador se envolveu em troca de empurrões e agarrões na altura do pescoço com Edenilson, do Internacional. Questionado sobre o contato com jogadores do outro time depois do jogo, Luciano preferiu não responder.
"Todos jogadores se arrependem. A gente nem gosta de falar, pois é algo que não representa o que é o futebol. Mas temos que ter isso em mente para não se repetir, pois é um péssimo exemplo para toda sociedade", comentou o jogador do Grêmio.
Confira a entrevista completa:
UOL Esporte: Como estão sendo esses dias de férias depois da quarentena? Qual sua rotina?
Luciano: Está sendo (uma rotina) bem atípica nessas férias, pois são férias forçadas. Não podemos sair de casa, não podemos visitar nossos familiares. Tenho treinado em casa, diariamente, e curtido minha esposa e minha filha. Estou voltado para isso, aproveitar esse momento para ficar com elas, já que durante nossa rotina normal temos pouco tempo ao lado em casa.
UOL Esporte: O que você tem feito para passar os dias?
Luciano: Tenho treinado e assistido jogos antigos meus, gosto de rever os jogos e ver onde errei e acertei para poder estar evoluindo. Fora isso, tenho assistido bastante série e usado a internet para matar a saudade dos amigos e dos familiares.
UOL Esporte: Como você está se sentindo em relação ao período sem jogos e às restrições no dia a dia?
Luciano: É complicado, a gente gostar de estar jogando, e treinar em casa é diferente da rotina no clube. Aqui não temos toda estrutura que temos disponível no CT. Mas entendemos que é uma medida necessária pensando no bem maior que é a saúde de todos.
UOL Esporte: No que diz respeito ao jogo, qual sua avaliação da temporada do Grêmio até a paralisação dos jogos?
Luciano: Quando pararam as competições, estávamos num início de temporada, então, é difícil fazer uma avaliação. Chegaram novos jogadores e saíram alguns. No futebol, assim como em qualquer esporte coletivo, o entrosamento exige um certo tempo. Mas acredito que estávamos mantendo uma constante de crescimento para chegar no ápice no momento planejado.
UOL Esporte: Quais times do Brasil você viu jogar em 2020 que mais chamaram sua atenção?
Luciano: Flamengo, Santos, Fluminense tem feito bons jogos e conseguiram bons resultados. Mas, como disse antes, é tudo muito no começo de temporada para que possa ser feito qualquer avaliação mais definitiva.
UOL Esporte: Neste ano, o Grêmio contratou Thiago Neves e Diego Souza. Como você trata a disputa com eles por um lugar no time?
Luciano: Esse é aquele famoso problema bom, eu assim como eles, viemos para ajudar o Grêmio. Ninguém é maior que o clube, e todos queremos ajudar. Claro que todo mundo quer jogar, mas existe uma disputa sadia e com respeito, pois aqui temos um grupo muito bom, tanto no nível técnico quanto nas relações pessoais.
UOL Esporte: O Grêmio faz pequenas mudanças no time de um ano para o outro. Ajustes finos dentro do modelo de jogo de posse e controle. Em 2020, que tipo de alteração você identifica no time?
Luciano: Com novas peças no time, é necessário sempre fazer alterações, pois modifica o perfil de jogador. Aqui no Grêmio, temos uma comissão técnica de muita qualidade, que sabe tirar o melhor de cada jogador e fazer render exatamente o que eles querem dentro de campo.
UOL Esporte: Um episódio que não tem como deixar de lado é o Gre-Nal da Libertadores. Olhando agora as imagens e relembrando a confusão, qual sua opinião sobre o que aconteceu no final do clássico?
Luciano: Foi um fato em que todos jogadores se arrependem, a gente nem gosta de falar, pois é algo que não representa o que é o futebol. Mas temos que ter isso em mente para não se repetir, pois é um péssimo exemplo para toda sociedade que ama e acompanha o futebol.
UOL Esporte: Você pediria desculpas pelo ocorrido?
Luciano: Peço desculpas sim, a todo torcedor e toda sociedade. O futebol é a paixão do brasileiro, muitas vezes a válvula de escape em uma população que sofre com tantas coisas. Nós temos que passar bons exemplos, pois sabemos da importância do futebol na sociedade. O futebol já parou uma guerra, temos que saber que temos essa responsabilidade social.
UOL Esporte: No Fluminense você teve números muito bons. E agora, no Grêmio, como vai ser?
Luciano: Em primeiro lugar, quero ajudar o Grêmio e honrar essa camisa. Fui muito bem recebido pelo clube e pela torcida e quero retribuir esse carinho e essa confiança. Nunca vai me faltar dedicação e empenho para atingir todos objetivos dentro do clube.
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