Topo

Mattos explica saída de Prass do Palmeiras e afirma: 'Fui correto com ele'

Fernando Prass em ação durante treino do Palmeiras na Academia de Futebol, em setembro de 2019 - Bruno Ulivieri/AGIF
Fernando Prass em ação durante treino do Palmeiras na Academia de Futebol, em setembro de 2019 Imagem: Bruno Ulivieri/AGIF

Colaboração para o UOL, em São Paulo

15/04/2020 16h25

Convidado do Fox Sports Rádio desta quarta-feira, Alexandre Mattos, diretor de futebol do Atlético-MG, aproveitou para esclarecer a saída do goleiro Fernando Prass do Palmeiras, seu ex-clube. Elogiando um dos 'maiores profissionais' com quem trabalhou, o dirigente afirmou que a liberação do arqueiro foi definida antes do fim da temporada passada, em reunião que contou com o presidente Maurício Galiotte e o então técnico Mano Menezes.

Já sobre o contrato de dois anos com o goleiro Jailson, Mattos explicou que chegou a renovar com o goleiro por este prazo, mas que, após a opção pela manutenção tanto de Fernando Prass quando de Edu Dracena, conversou com Jailson e também fez um contrato com um ano de duração.

"Tenho um respeito enorme pelo Prass. O Prass é um dos maiores profissionais que eu trabalhei. Impressionante o trabalho dele no dia a dia. Eu renovei ele três vezes. A mais difícil foi com o Paulo (Nobre), em 2016, porque o Paulo considerava que o contrato que tinham feito era muito grande e caríssimo para o Palmeiras. Tive que convencer o Prass a abaixar salário. Depois, em 2017, eu e o Maurício (Galiotte) renovamos com ele, porque não tinha treinador e, quando chegou o Roger, falou que podia liberar o Prass e nós não deixamos", recordou Mattos, que seguiu:

"Em 2018, aí vem um detalhe muito importante, na nossa reunião de fim de ano, antes do título, ficou definido que Edu Dracena e Prass, nós iríamos liberar, e o Jailson seria renovado por dois anos. Uma semana depois, nós ganhamos do Vasco lá no Rio e fomos campeões. Naquela semana de festa, bateu um lado de 'não vamos liberar os caras', e resolvemos dar, só que o Jaílson já tinha um acordo de dois anos. Eu chamei o Jailson na minha sala e mudou o contrato para um ano".

Apontado como responsável pela saída do ídolo alviverde do clube, o diretor de futebol contou que a decisão foi tomada antes do fim da temporada, mas só comunicada ao goleiro na reta final do Campeonato Brasileiro. Vale lembrar que Mattos deixou o Palmeiras em dezembro do ano passado, juntamente com o técnico Mano Menezes.

"Em outubro de 2019, chamei o Dracena na minha sala, falei para ele vir trabalhar comigo, e ele está lá. Vendi essa ideia no Palmeiras. O Prass, antes do jogo do Grêmio, eu, o presidente, o Buosi, o Zanotta, o Cícero e o Mano Menezes optamos por ficar com o Jailson e liberar o Prass. Eu lembro que falei para avisarmos ele, mas falaram para avisar quando faltasse um jogo só, porque o Prass tem toda a comoção da torcida. Fui demitido uma semana depois. Cinco dias depois, o Palmeiras manteve o planejamento e eu sou o responsável pelo planejamento? Como eu sou responsável pelo planejamento se eu fui demitido?", questionou o dirigente.

"A saída do Prass já estava decidida, e quer saber? Se eu estivesse lá, ele sairia também. Tem 41 anos, dois anos e meio que não era titular, sendo que nos últimos dois anos era o terceiro goleiro e é um dos maiores salários do Palmeiras. Tava incompatível isso", completou.

Mesmo assim, o diretor de futebol espera fazer as pazes com o agora goleiro do Ceará:

"O considero para caramba. Um dia vou conversar com ele, tirar essa mágoa do coração dele. Fui correto como ele todos os cinco anos que esteve comigo, renovei ele três vezes e pouco aconteceu", concluiu.