A reprise da final da Copa do Mundo de 2002, quinto e desde então o último título mundial da seleção brasileira, causou certa empolgação no último domingo (12), com muitos que não haviam visto o time comandado por Felipão derrotar a Alemanha por 2 a 0, em Yokohama, e outros que tinham assistido, mas já não se recordavam como foi a decisão.
No podcast Posse de Bola #28, Arnaldo Ribeiro conta que estava cobrindo a Copa vencida pelo Brasil e, além de não se empolgar com o título da seleção, critica o nível técnico da competição, que teve as equipes de Coreia do Sul e Turquia nas semifinais, enquanto favoritas como Argentina e França se despediram na primeira fase.
"A Copa de 2002 foi disputada num nível rasteiro, não tinha nenhum time que empolgasse. A Coreia do Sul foi à semifinal, a Turquia foi à semifinal e a Alemanha do Ballack era a pior Alemanha dos últimos tempos. Aliás, a Alemanha do Ballack, sem o Ballack na final [estava suspenso], era o time mais frágil. Foi uma Copa disputada num nível técnico rasteiro e o Brasil ganhou", afirma Arnaldo (disponível no vídeo acima a partir de 13:12).
O jornalista também cita o que considera um erro do técnico Luiz Felipe Scolari de ter retornado ao comando da seleção brasileira para a Copa de 2014, depois de ter saído com o título de 2002, mesma situação pela qual passou Carlos Alberto Parreira, que retornou em 2006 depois do título em 1994.
"Para mim, a única questão que fica de 2002 é a tentação do Felipão de voltar. Ele falou depois da Copa de 2002: 'aqui eu acabo o meu compromisso com a seleção'. E aquilo também me ensinou muito. A tentação de voltar, ela é quase irresistível, e aí, assim como o Parreira voltou em 1994 [2006] e quebrou a cara, o Felipão voltou depois de 2002 e quebrou a cara também, mais ainda", diz Arnaldo.
"Tem uma máxima que eu acho que todo mundo deve seguir na vida, que é jamais voltar ao lugar em que você foi muito feliz. Nem o Parreira e nem o Felipão levaram isso a sério. Tanto que para o Felipão, o Brasil e Alemanha que vai ficar é o 7 a 1, não é o 2 a 0. O que você pode dizer que é até uma injustiça, mas objetivamente é o que é", completa Juca (no vídeo acima a partir de 15:54).
Posse de Bola: Quando e onde ouvir?
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