Depois da reprise da final da Copa do Mundo de 2002, quando a seleção brasileira conquistou seu último título mundial, a TV Globo anunciou para o próximo domingo a final da Copa das Confederações de 2015, quando o time comandado por Carlos Alberto Parreira goleou a Argentina por 4 a 1.
No podcast Posse de Bola #28, Mauro Cezar Pereira lembra que a Argentina que jogou a competição não contava com o seu time principal, que jogaria a Copa no ano seguinte na Alemanha, enquanto o Brasil contava com sua base principal. O jornalista diz que seria mais interessante ver a reprise da semifinal do Mundial de 2014, no jogo dos 7 a 1.
"Por que não o 7 a 1, que é muito mais emblemático? Não vai dar audiência. Vamos botar o Brasil surrando a Argentina, a Argentina com o time cheio de reservas. Pega a escalação da Argentina naquele jogo de 2005 e vê o que jogou a Copa do Mundo de 2006, totalmente diferente. Tinha três ou quatro jogadores, se não me falha a memória. Não era o time titular da Argentina, e o Brasil foi com a força máxima e ganhou daquela maneira", afirma Mauro (disponível no vídeo acima a partir de 21:35).
"Um desses jogos mentirosos daquela Copa das Confederações, que foi um torneio mentiroso, que três vezes, pelo menos, colocou o Brasil como campeão. Aí, o Brasil chegou todo pimpão na Copa do Mundo, achando que ia deitar e rolar, e não aconteceu", completa o jornalista.
Além da derrota brasileira por 7 a 1 para a Alemanha em 2014, Mauro Cezar considera que seria mais útil a reexibição das quartas de final da Copa de 2006, quando o Brasil perdeu para a França, para que pudesse servir de reflexão ao futebol brasileiro.
"O Brasil em Copa do Mundo é uma arrogância só, por isso que no domingo a Globo, inteligentemente, vai mostrar Brasil x Argentina reserva, porque foi um massacre do Brasil. Por que? Porque vai continuar alimentando o que o brasileiro gosta de ver que é a seleção brasileira triunfando, mesmo que seja de mentirinha", afirma o jornalista (no vídeo a partir de 34:08).
"O brasileiro não quer ver o 7 a 1. Não quer ver o Zidane dando show [em 2006], e o Brasil perdendo para a França. Para pensar por que a gente perdeu isso? Olha essa bagunça. Essas reflexões não nos interessam, nós somos o povo que quer viver da mentira no futebol e em outras áreas também, diga-se de passagem. A gente vai vivendo numa mentira atrás de outra, inclusive no futebol. É o processo de alienação da alienação", finaliza Mauro.
Posse de Bola: Quando e onde ouvir?
A gravação do Posse de Bola está marcada para segundas-feiras às 9h, sempre com transmissão ao vivo pela home do UOL ou nos perfis do UOL Esporte nas redes sociais (YouTube, Facebook e Twitter). A partir de meio-dia, o Posse de Bola estará disponível nos principais agregadores de podcasts.
Você pode ouvir o Posse de Bola em seu tocador favorito, quando quiser e na hora que quiser. O Posse de Bola está disponível no Spotify e na Apple Podcasts, no Google Podcasts e no Castbox . Basta buscar o nome do programa e dar play no episódio desejado. No caso do Posse de Bola, é possível ainda ouvir via página oficial do UOL e YouTube do UOL. Outros podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts.
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