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Fogão, DJ, política: o que fazem algumas estrelas aposentadas de La Liga

Romário em duelo pelo Barcelona contra o Manchester United, em outubro de 1994 - Getty Images
Romário em duelo pelo Barcelona contra o Manchester United, em outubro de 1994 Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

19/04/2020 04h00

Uma das principais ligas do mundo, La Liga já teve diversas estrelas em suas equipes. Mas o tempo passada e a aposentadoria chega para todo mundo. Como nem todos permanecem no futebol, as novas funções são das mais variadas.

Tem gente que preferiu se envolver com a política, enquanto outros se arriscaram na carreira de DJ. Confira:

1 - Bebeto e Romário - Do Deportivo e Barcelona, respectivamente, à política brasileira

A inesquecível disputa pelo título da LaLiga, na temporada 1993/1994, contou com dois brasileiros no comando das ações de dois times rivais: enquanto Bebeto liderou o Deportivo La Coruña, Romário fez história no Barcelona. E tudo foi decidido nos últimos momentos, na reta final da competição, com a equipe do "baixinho" conquistando o troféu - depois que os galegos perderam uma penalidade nos acréscimos. No mesmo verão europeu, os dois levantaram juntos a taça da Copa do Mundo nos Estados Unidos, e a comemoração do gol de Bebeto, dedicado ao filho recém-nascido, conquistou ainda mais corações. Mais recentemente, a dupla voltou, tendo ambos ingressado no mundo da política brasileira, representando o partido 'Podemos' no parlamento local e nacional.

2 - Julien Escudé - Do Sevilla ao fogão

Julien Escudé ficou conhecido pelos torcedores da LaLiga quando defendeu as cores do Sevilla, por incríveis seis temporadas. O ex-zagueiro francês disputou nada menos que 164 partidas pelo clube andaluzo, conquistando sete troféus: incluindo dois da Europa League e dois da Copa do Rei. Mais recentemente, Escudé conquistou a admiração dos fãs pelo paladar, tendo aberto dois restaurantes de alta classificação na capital espanhola, o SQD Meat Point e o BB Bistro. Ambos os locais são conhecidos por carnes de alta qualidade, de origem espanhola e pela França, e são frequentados por ex-colegas de equipe e oponentes de todos os clubes da LaLiga.

3 - Gaizka Mendieta - Do Valencia ao mundo da música

Gaizka Mendieta cativou os torcedores de Valencia e FC Barcelona, entre o final dos anos 90 e o início dos anos 2000, com sua habilidade e criatividade com a bola - com destaque para o fantástico gol que marcou com os "Che", ao derrotar o Atlético de Madri no Final da Copa do Rei de 1999. Mas, depois de se aposentar, seus talentos musicais vieram à tona: primeiro como guitarrista da banda indie espanhola Gasteiz Gang e, mais recentemente, como um renomado DJ, tocando em Londres, Ibiza e nas cidades onde a final da Liga dos Campeões é disputada todos os anos. O jogador de 46 anos, de Bilbao, também encontra tempo para trabalhar como embaixador oficial da LaLiga.

4 - Bodo Illgner - Do Real Madrid a autor de romances

Bodo Illgner, campeão do mundo com a Alemanha em 1990, venceu sua primeira temporada na LaLiga assim que assinou com o Real Madrid em 1996. E logo no ano seguinte, ajudou a encerrar a longa espera do clube para vencer a sua 'Sétima' Liga dos Campeões. Ele ainda permaneceu no clube blanco até 2001, conquistando outros títulos da LaLiga e da Europa, enquanto ajudava Iker Casillas a assumir sua posição. Após sua aposentadoria, Illgner e sua esposa Bianca se mudaram para Alicante - cidade portuária situada na Costa Blanca, no sudeste da Espanha -, onde escreveram juntos um romance em alemão, 'Alles' ['Tudo']. O romance, baseado no mundo do futebol de alto nível, é estrelado por um goleiro que embarca em aventuras dentro e fora do campo.

5 - Mathieu Flamini - Do Getafe à área empresarial da biotecnologia

A curta estadia de Mathieu Flamini na LaLiga, com o Getafe em 2018/2019, levou o meio-campista francês a ajudar a equipe a alcançar o quinto lugar - o mais alto de sua história na competição. Enquanto isso, no entanto, ele continuava administrando sua empresa de sucesso na área da biotecnologia, a GF Bioquímicos. No início de suas carreiras, Flamini e um amigo próximo lançaram um negócio para desenvolver um ácido químico útil ao meio ambiente, uma vida dupla desconhecida até por colegas de equipe há anos. O negócio bilionário, agora, emprega mais de 400 pessoas em operações entre a Itália e a Holanda.