José Mourinho conta como seria dirigir Edmundo: "ia ser fácil"

José Mourinho, atual técnico do Tottenham, foi hoje (20) o convidado especial do programa Expediente, do canal Fox Sports. Com as participações de Zinho, Edmundo, Mauro Naves e Leandro Quesada, o treinador foi questionado pelo apresentador João Guilherme sobre como seria comandar o ex-jogador palmeirense e vascaíno, conhecido durante a carreira pelo forte temperamento - assim como o técnico. Será que daria certo?

"Ia ser fácil. Fácil", brincou Mourinho, que tem como uma das grandes conquistas da carreira o título da Champions League de 2003/04 pelo Porto, ao lado do brasileiro Carlos Alberto.

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"Nunca tive problemas com grandes jogadores ou com jogadores com o perfil do Edmundo, do Carlos Alberto, tive muitos jogadores desse tipo de perfil... Eu só tive problemas com jogadores que não gostavam de ganhar", acrescentou.

José Mourinho ainda foi questionado sobre a possibilidade de um dia comandar algum time brasileiro ou até mesmo a seleção verde e amarela. E não descartou.

"No futebol nunca se pode dizer não, não se sabe o que vai acontecer. Eu saí de Portugal em 2004 e ainda não voltei, e espero que um dia eu volte para treinar a seleção portuguesa. Nem consigo dizer que sim, nem que não. Eu tenho 57 anos, e 57 anos para um treinador é pouco, pensam que estou cansado porque estou nessa alta dimensão há muitos e muitos anos, mas estou cansado é de ficar em casa com o coronavírus. Não estou cansado de treinar, e se Deus quiser vou ter muitos anos pela frente. Mas não posso dizer nem que sim, mas também é impossível dizer que não", avaliou o treinador.

Técnico português assim como Jorge Jesus, do Flamengo, José Mourinho falou ainda sobre o sucesso de técnicos portugueses nos últimos tempos. Mas evitou colocá-los como os melhores do mundo.

"Não acho, acho que os bons treinadores não têm passaporte, nacionalidade, idade, não pertencem a gerações... Há bons treinadores em todos os períodos, em todas as gerações... Não acho que tenham treinadores velhos ou novos... Acho que os treinadores considerados velhos no passaporte são ricos em experiência, já vivenciaram mil e uma experiências... Não há treinadores jovens nem velhos, há bons e maus. Não há treinadores europeus e sul-americanos, há treinadores bons e maus. Nós treinadores portugueses podemos estar numa geração onde tem vários portugueses espalhados pelo mundo e isso dá expectativa de grande utilidade. Não gosto nada dessas 'guerras' de gerações e nacionalidades", completou.