Arnaldo: "Sem o Flamengo jogando, dirigentes não conseguem se defender"

Na última semana o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, procurou o governador Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) com o desejo de retomar os treinos e jogos de futebol, ainda em meio à pandemia do novo coronavírus, ação que causou críticas de dirigentes como Carlos Augusto Montenegro, ex-presidente e membro do Comitê Executivo do rival Botafogo.

No podcast Posse de Bola #29, o jornalista Arnaldo Ribeiro critica a exposição que a diretoria do Flamengo causa quando o time não está jogando, apontando que a postura do clube fora de campo não condiz com a equipe comandado por Jorge Jesus.

"Esse Flamengo atual é praticamente inatacável quando ele joga, porque quando ele joga, ele encanta, vence, convence, tem carisma, tem personagens, não precisa ser rubro-negro para gostar deste Flamengo. Agora, sem o Flamengo jogando, esses caras não conseguem se defender", critica Arnaldo (disponível no vídeo acima a partir de 13:22).

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"Nessa questão humanitária, isso ficou claro diversas vezes e acho interessante, a matéria do Mauro e dos colegas é muito boa porque, além de tudo ela coloca uma questão envolvendo o Jorge Jesus, que está em Portugal. Uma das preocupações do Landim era trazer o mais rapidamente possível o Jorge Jesus de volta ao Brasil, aos trabalhos, aos treinos, à supervisão para facilitar a renovação do contrato dele, que à distância fica mais complexa essa situação. Então, tem vários motivos para ele ter 'pressa', nenhum deles é justificável neste momento, nenhum deles", completa o jornalista.

Para Arnaldo, o presidente do Flamengo pode ficar marcado ao final de sua gestão não apenas pelos títulos, mas por ações questionáveis tomadas no comando do clube.

"Landim tem que tomar o seguinte cuidado: ele pode fechar o mandato dele como o presidente mais vencedor da história do Flamengo, mas isso não quer dizer que ele não seja um dos presidentes mais assim desumanos da história do futebol. O que você nesse final das contas vai querer transmitir? E lembrando que não é ele quem faz gol, não é ele quem dirige o time. Quando o time está jogando, ele não tem, digamos, influência. Quando o time está parado, ele tem umas atuações muito desastrosas", conclui o jornalista.

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