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Advogado não crê em pena por Borja e vê acordo como 'caminho natural'

Miguel Borja comemora seu gol pelo Palmeiras contra o Godoy Cruz pela Libertadores - Andres Larrovere / AFP
Miguel Borja comemora seu gol pelo Palmeiras contra o Godoy Cruz pela Libertadores Imagem: Andres Larrovere / AFP

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/04/2020 16h08

Após o Atlético Nacional anunciar, através de seu site oficial, que venceu na Fifa a disputa com o Palmeiras pelo pagamento de US$ 3 milhões em relação ao atacante Miguel Borja, o advogado do Alviverde, André Sica, acredita em um acordo com os colombianos.

Convidado do Fox Sports Rádio desta quinta-feira, Sica informou que o Palmeiras irá recorrer da decisão no CAS (Corte Arbitral do Esporte, em inglês) e que, caso mantida a decisão, efetuará o pagamento 'sem problema algum'. Em relação a uma possível punição caso o Alviverde não quite a dívida, o advogado fez questão de acalmar os palmeirenses.

"O fato de o Atlético Nacional ter publicado que o Palmeiras vai ter que realizar o pagamento em 45 dias, sob pena de sanção desportiva, é uma grande besteira. O Palmeiras pediu os fundamentos da decisão, vai exercer o direito de recurso no CAS. Ao final deste processo, se mantida a decisão da Fifa, o Palmeiras vai realizar o pagamento sem problema algum. Não é nada para já, e nem próximo de ser para já", explicou Sica, que relatou a divergência entre os clubes:

"É uma simples questão de interpretação. O Palmeiras interpreta que existia sim a opção de o Atlético fazer a substituição dos 30% por um valor fixo de US$ 3 milhões, mas não existia prazo para pagamento, não existia definição para que o pagamento fosse feito no momento da substituição. O Palmeiras entende que assim como a opção inicial seria exercida ao final do contrato, quando o atleta fosse transferido, esse valor pré determinado também deveria ser pago naquele mesmo momento. A Fifa não entendeu dessa forma. Ela entendeu que deveria ter sido pago no momento de exercício desta substituição. A gente continua discordando".

Destacando o bom relacionamento com o presidente do time colombiano, Juan David Perez, André Sica acredita que o caminho natural para solucionar o caso será um acordo entre os clubes

"A gente tem um tratamento espetacular com eles. A gente tem um diálogo aberto com eles. Eu tenho falado, desde o início, tanto com o presidente do Atlético Nacional quanto com o advogado dele. A gente já tem, mesmo com a ação em andamento, discutido algumas soluções alternativas e acho que o assunto não está longe de se resolver. É questão de um pouquinho mais de tempo", disse o advogado, que seguiu:

"O caminho natural é realização de um acordo e o pagamento progressivo dessa dívida que é devida".